Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Ministros e parlamentares de Israel são os responsáveis pelo aumento de racismo contra palestinos nas redes sociais ao pedirem explicitamente o assassinato de civis de Gaza e o reassentamento do enclave.

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, escreveu um ataque contra a Autoridade Palestina no X (antigo Twitter), além de evidentemente pedir o fortalecimento de assentamentos ilegais.

Campanha ‘Free Palestina’

“Sanções contra a Autoridade Palestina, fortalecimento dos assentamentos e legalização de novos assentamentos em Evyatar, Givat Assaf, Sde Efraim, Heletz e Adorayim” são defendidos pelo ministro de extrema direita como ações pela “segurança de Israel”.

“Estas são medidas que protegem o Estado de Israel e transmitem uma mensagem clara – nunca estabeleceremos um estado terrorista na Terra de Israel! As ações contra o Estado de Israel e a favor do reconhecimento unilateral de um Estado palestino receberam uma resposta sionista apropriada”, adicionou Smotrich.

Por fim, ainda escreveu que o reconhecimento de um Estado palestino “colocaria em risco a segurança de Israel”.

Um dos incitamentos racistas mais públicos contra palestinos foi feito pelo ministro extremista da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir. Ele apareceu em um vídeo postado no Instagram, no qual pediu a execução de palestinos detidos em prisões.

Bezalel Smotrich/Twitter
Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich

Ben-Gvir sugeriu a execução dos prisioneiros palestinos detidos pelos israelenses nas cadeias de ocupação ao afirmar que deveriam todos ser aniquilados com “tiros na cabeça”.

O ministro também pediu a aprovação do projeto de lei no Knesset destinado à execução dos prisioneiros, prometendo fornecer o mínimo de alimentos para mantê-los vivos até que a lei fosse promulgada.

“Para a minha surpresa e desgraça, recentemente tive que lidar com questionamentos sobre se os prisioneiros palestinos recebem ou não recebem cestas de frutas. E eu respondo: os prisioneiros palestinos devem ser mortos, levar tiros na cabeça. Nosso projeto de lei para aniquilar os prisioneiros deve ser aprovado na terceira leitura do Knesset (Parlamento israelense). Até lá, daremos o mínimo de recursos para que continuem sobrevivendo. Nada mais”, afirmou o ministro no vídeo.

Já o líder do partido centrista Unidade Nacional, Benny Gantz, anunciou sua rejeição à libertação de prisioneiros da Faixa de Gaza mantidos em prisões israelenses. “Libertar 120 terroristas de Gaza da prisão enquanto 120 reféns estão em Gaza é um erro operacional e um problema moral”, escreveu ele no X.

(*) Com Monitor do Oriente Médio