Todos contra Trump: ato pró-Palestina e soberania nacional acontece pelo Brasil

Grupos mobilizam manifestação em frente ao consulado dos EUA, na capital paulista, para denunciar interesses imperialistas de Trump e genocídio de Israel

Redação Opera Mundi São Paulo 15 de agosto de 2025, às 16:30

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Manifestantes solidários à causa palestina ocupam o Consulado dos Estados Unidos, em São Paulo, na próxima terça-feira (19/08) para denunciar “os interesses imperialistas” que impulsionam o genocídio israelense no território palestino.

Sob o mote “Fora Trump do Brasil e da Palestina! Prisão para os fascistas!”, o ato foi convocado pela Frente Palestina de São Paulo e conta com o endosso de diversos grupos.

À frente do protesto na capital paulista está Vivian Mendes, presidente estadual da Unidade Popular (UP), que a Opera Mundi enfatizou que o partido pretende convocar manifestações também em outros estados, se concentrando em locais onde há representação diplomática dos EUA.

“No Rio de Janeiro faremos uma vigília de 24 horas, como fizemos em São Paulo há pouco tempo atrás”, disse Mendes, em referência a um evento pró-Palestina que se deu no mês de julho. Também acontecerão atos em outras cidades como Recife, Porto Alegre, e Brasília.

Para a presidente estadual da UP, as manifestações servem, também, para aprofundar a discussão sobre a soberania brasileira. Ela destaca que “nós temos sofrido aqui no Brasil com a implementação de medidas imperialistas”, parte de um movimento que ela julga como internacional, do qual “Israel serve hoje também como ponta de lança”.

Ainda de acordo com ela, “não é lutar em defesa da soberania, não é lutar só contra as taxações do imperialismo, mas é lutar na defesa dos reais interesses do nosso povo e na defesa do socialismo”.

Soraya Misleh, da Frente Palestina, também destacou que o ato em São Paulo faz parte de uma mobilização para denunciar os ataques de Donald Trump à soberania brasileira e o mperialismo partícipe direto do genocídio na Palestina.

“Termos realizado várias iniciativas e é imprescindível não parar de se mobilizar e ecoar as vozes palestinas nesta luta da humanidade”, afirmou Misleh a Opera Mundi.

A jornalista ainda relembrou da série de ataques recentes da prefeitura de São Paulo, mandando pintar murais da solidariedade ao povo palestino, além do cancelamento da realização da Flipei (Festa Literária Pirata das Editoras Independentes) no Theatro Municipal.

“O governo Tarcísio tem uma cartilha educacional que reproduz a propaganda sionista e esteve apertando as mãos de genocidas sionistas, enquanto São Paulo utiliza as tecnologias da morte testadas sobre os corpos palestinos para o genocídio pobre e negro”, continuou.