Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Pelo menos 29 palestinos foram mortos na manhã desta quarta-feira (13/08) em diferentes pontos da Faixa de Gaza. Entre as vítimas, dez buscavam alimentos e foram baleadas por militares israelenses na proximidade de centros de distribuição de ajuda administrados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF).
Durante a madrugada, a Cidade de Gaza sofreu fortes bombardeios e disparos de artilharia pesada. De acordo com o correspondente da Al Jazeera, Hani Mahmoud, as explosões começaram na parte oriental da cidade e se concentraram especialmente no bairro de Zeitoun e nas áreas vizinhas de Sabra.
“Foi uma noite sem dormir, com explosões claramente ouvidas durante horas. As pessoas buscavam abrigo desesperadamente enquanto bombas caíam nas estradas principais”, relatou o repórter.
Em Zeitoun, 12 pessoas foram mortas após um ataque aéreo israelense atingir uma residência, segundo informações do Hospital Árabe al-Ahli. Em Sabra, sete morreram em ataques combinados de artilharia e bombardeios aéreos sobre aglomerados residenciais. Outro ataque ocorreu no bairro de Sheikh Radwan, no noroeste da cidade, matando três pessoas.
“O que estamos vendo no terreno são sinais claros de que a operação [militar] está em preparação e pode ter começado inicialmente nessas áreas”, afirmou Mahmoud.
Em comunicado divulgado no Telegram, militares israelenses afirmam que o chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, Eyal Zamir, aprovou o “conceito central de um plano operacional do Exército na Faixa de Gaza” e  enfatizou “a importância de aumentar a prontidão e a preparação das tropas para o recrutamento de reserva”.
Até agora, Zamir é uma das vozes contrárias ao plano do premiê Benjamin Netanyahu de ocupação total da Cidade de Gaza.

Pelo menos 29 palestinos foram mortos na manhã desta quarta-feira (13/08) em diferentes pontos da Faixa de Gaza
UNRWA

Cisjordânia ocupada

Na Cisjordânia ocupada, as forças israelenses prenderam dez palestinos nas cidades de Qalqilyah, Nablus e Hebron, segundo o Escritório de Mídia de Prisioneiros Palestinos (ASRA). Entre os detidos estão três ex-prisioneiros e um jovem de 17 anos. As forças israelenses também fecharam estradas, montaram postos de controle e realizaram revistas nas casas dos presos.
A crise humanitária também continua a se aprofundar: mais duas mortes por desnutrição foram registradas – um menino de seis anos e um homem de 30 anos –, elevando para 227 o número de palestinos que morreram em consequência da fome forçada provocada pelo bloqueio israelense à entrada de alimentos, água e suprimentos.
Nesta terça-feira (12/08), ao menos 73 palestinos foram mortos em ataques israelenses. O total de vítimas do enclave  supera 60 mil pessoas.