Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Esta quinta-feira (13/11) foi marcada por diferentes ataques incendiários de colonos israelenses a localidades palestinas no território da Cisjordânia, fazendo crescer a onda de violência que atingiu nível recorde, segundo a organização palestina Comissão de Resistência ao Muro e à Colonização (CWRC, por sua sigla em inglês).

Os ataques desta jornada foram registrados na vila de Kifl Hares, perto de Ariel, na qual ocorreu um incêndio em uma mesquita, e também nas localidades de Beit Lid e Deir Sharaf, onde houve pichações islamofóbicas, veículos incendiados e fogueiras onde foram queimados artefatos ligados à religião muçulmana e exemplares do Alcorão.

Segundo a CWRC, com os ataques desta quinta, já foram contabilizados desde outubro até hoje mais de 2,3 mil ataques israelenses contra localidades palestinas da Cisjordânia. A entidade afirma que esta é a mais intensa onda de violência israelense contra os palestinos dessa região desde que iniciaram a contabilizar os ataques, em 2013.

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O informe da entidade indica também que 1584 atentados foram realizados com apoio de militares das forças de ocupação israelenses no território palestino, enquanto outros 766 foram iniciativa exclusiva dos colonos.

Os dados mostram que as localidades mais atacadas foram Ramallah, que registrou 542 ataques; Nablus, com 412 atentados; e Hebron, onde acontecerem 401 ações violentas.

Ramallah, Nablus e HEbron são as localidades palestinas na Cisjordânia mais atacadas por colonos israelenses este ano
Comissão de Resistência ao Muro e à Colonização

Preocupação dos EUA

Nesta quarta-feira, durante a cúpula do G7 no Canadá, o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio demonstrou sua preocupação com a crescente onda de violência impulsionada por colonos israelenses contra os vilarejos palestinos na Cisjordânia.

Segundo o funcionário estadunidense, os ataques podem gerar um clima desfavorável aos esforços do seu país em alcançar um acordo de paz permanente na Faixa de Gaza.

“Certamente, existe alguma preocupação de que os eventos na Cisjordânia se alastrem e criem um efeito que possa prejudicar o que estamos fazendo em Gaza. Não esperamos que não seja assim. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que isso não ocorra”, admitiu Rubio.

Após os ataques desta quinta-feira na vila de Kifl Hares, as forças militares e policiais de Israel anunciaram a abertura de uma investigação sobre o caso.

Com informações de ANSA, TeleSur e Times of Israel.