Associação italiana pede suspensão de Israel na Copa do Mundo: 'futebol precisa agir'
Seleção da Itália deve jogar contra Tel Aviv em duas partidas das eliminatórias antes do torneio de 2026
A Associação Italiana de Treinadores (AIAC) enviou uma declaração oficial à Federação Italiana de Futebol (FIGC) na quarta-feira (20/08), afirmando que “Israel precisa parar e o futebol também precisa agir” ao exigir que Tel Aviv seja “temporariamente suspenso” das competições internacionais devido ao “genocídio que está ocorrendo em Gaza há quase dois anos”.
Na declaração oficial, a associação afirmou que a medida foi aprovada por unanimidade, com o objetivo de fazer com que a federação italiana de futebol “aja em nome do povo palestino” e que o pedido “não é apenas uma ação simbólica, mas uma escolha necessária, que responde a um imperativo moral, compartilhado por toda a equipe de liderança”.
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“O Conselho Diretor da AIAC acredita unanimemente que, dados os massacres diários, que também resultaram em centenas de mortes entre dirigentes, técnicos e atletas… é legítimo, necessário, na verdade um dever, colocar no centro das negociações da federação o pedido, a ser submetido à UEFA e à FIFA, para a exclusão temporária de Israel das competições esportivas”, conclui a carta.
O vice-presidente da AIAC, Giancarlo Camolese, também se pronunciou: “Poderíamos simplesmente nos concentrar em jogar, olhando para o outro lado. Mas acreditamos que isso não está certo”.
A Itália enfrentará Israel em campo neutro em Debrecen, Hungria, em 8 de setembro, antes de sediar a partida de volta em Udine, em 14 de outubro. Em outubro do ano passado, a Azzurra jogou contra Tel Aviv em uma partida da Liga das Nações, que viu protestos antes e durante o jogo e medidas de segurança intensas, incluindo atiradores no telhado do estádio.

‘Da Supercopa da UEFA em Udine, a mensagem é alta e clara. Uma faixa. Um chamado’
@UEFA | x
UEFA e o futebol israelense
Durante a final da Supercopa da UEFA, em 13 de agosto, a associação exibiu uma faixa em campo durante a apresentação da equipe: “Parem de Matar Crianças – Parem de Matar Civis”, sem referências ao genocídio de Israel na Palestina. Na cerimônia de medalhas, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, estava acompanhado por duas crianças refugiadas de Gaza que haviam escapado do território para tratamento médico na Itália.
Em contrapartida, durante o segundo tempo da semifinal da Copa Toto contra o Hapoel Tel Aviv, no último sábado (16/08), o Hapoel Beer Sheva exibiu uma faixa com os dizeres: “Duas coisas que devem ser destruídas: a UEFA e o Hamas”. Como resposta, a associação europeia processou o time.
Segundo o site de Tel Aviv, Ynetnews, essa é a primeira vez que a UEFA realizou tal medida contra um time de Israel por algo ocorrido em uma competição local, sob a jurisdição da Federação Israelense de Futebol.























