Artistas globais boicotam streamings em Israel como protesto contra genocídio em Gaza
Campanha 'No Music For Genocide' reúne mais de 400 nomes que retirarão músicas de plataformas israelenses
Mais de 400 artistas e gravadoras ao redor do mundo anunciaram adesão ao boicote cultural “No Music For Genocide” (Nenhuma Música para o Genocídio). A iniciativa visa remover suas músicas das plataformas de streaming israelenses em protesto contra o genocídio em curso em Gaza. Artistas como Massive Attack, Kneecap, Primal Scream e Rina Sawayama estão entre os que apoiam a campanha.
“A cultura não pode parar bombas sozinha, mas pode ajudar a rejeitar a repressão política, mudar a opinião pública em direção à justiça e recusar a lavagem de arte e a normalização de qualquer empresa ou nação que cometa crimes contra a humanidade”, afirmou o grupo em seu site.
Os organizadores declararam que o boicote cultural é “apenas o começo” de um movimento maior para responsabilizar a ocupação israelense por crimes contra a humanidade. A campanha pressiona distribuidoras globais como Sony, Universal Music Group e Warner Music a seguirem o exemplo, já que essas empresas restringiram rapidamente seus catálogos na Rússia após o início da guerra na Ucrânia.
Entre os participantes estão Fontaines DC, MIKE, Faye Webster, King Krule, Japanese Breakfast e Arca, além de selos como Bayonet Records e PAN. A única presença brasileira no documento, até o momento, é a do selo Tijolo, situado em Nova York e em São Paulo. Cerca de 50 organizações também endossam a iniciativa, como a rádio britânica NTS, o selo mexicano N.A.A.F.I. e o selo colombiano TraTraTrax, entre outros.
A guerra de Israel em Gaza já matou pelo menos 65.141 pessoas e feriu outras 165.925 desde outubro de 2023.

Dezenas de celebridades sobem ao palco em Londres para arrecadação de fundos ‘Juntos pela Palestina’
@t4plive / Instagram
Together for Palestine
Dezenas de músicos, atores, ativistas e palestrantes subiram ao palco do maior estádio de Londres na quarta-feira (17/09) para um show beneficente em apoio aos palestinos, com o objetivo de arrecadar fundos para as vítimas do conflito em Gaza.
O evento, com curadoria do músico britânico Brian Eno e direção do artista palestino Malak Mattar, reuniu quase 70 artistas e palestrantes de diversas áreas, como música, cinema, jornalismo, esporte e ativismo.
Artistas palestinos foram o centro da programação. Elyanna, a cantora palestino-chilena, encerrou o evento com uma canção composta por sua mãe, acompanhada ao piano por seu irmão.
Durante a noite, o ator inglês Benedict Cumberbatch leu poesias de Mahmoud Darwish ao lado do dramaturgo palestino Amer Hlehel. A atriz Florence Pugh discursou à multidão: “O silêncio diante de tanto sofrimento não é neutralidade, é cumplicidade”.
A cantora e compositora britânica PinkPantheress pediu que artistas usem suas plataformas, alertando que neutralidade ou silêncio não eram opções. A cantora, compositora e atriz inglesa Paloma Faith, que apresentou uma nova música escrita após participar de uma marcha de solidariedade à Palestina com sua filha, também seguiu o mesmo apelo.
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