Sábado, 6 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

O movimento universitário em apoio ao povo palestino, que teve início há duas semanas nos Estados Unidos, chegou também ao Canadá.

Nesta terça-feira (30/04), um grupo de estudantes da Universidade de Ottawa decidiu aderir à causa com uma série de atos programados para esta semana.

Fotos e vídeos sobre este primeiro ato mostram alunos carregando bandeiras palestinas, cartazes e usando lenços keffiyeh, símbolo com o qual os países do mundo expressam sua solidariedade à Faixa de Gaza.

Os vídeos também mostram os estudantes entoando gritos e cantos em apoio ao povo palestino e expressando seu repúdio ao governo de Israel, devido à ofensiva militar promovida na Faixa de Gaza.

Ottawa não foi a primeira cidade canadenses a ingressar no movimento. Na segunda-feira (29/04), os estudantes da Universidade de Montreal já haviam iniciado um acampamento pró-Palestina no campus principal.

CTV News Ottawa
Estudantes da Universidade de Ottawa, no Canadá, aderem a movimento pró-Palestina iniciado nos EUA

O protesto em Montreal também inaugurou a onda de violência policial contra os atos estudantis, após o reitor da universidade local chamar a política para tentar desalojar os acampados.

Violência na Califórnia

A repressão contra estudantes pró-Palestina é uma realidade em muitas universidades norte-americanas, mas parece ter se intensificado na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), segundo relatos dos líderes estudantis locais.

Nesta terça-feira (30/04), a reitoria da UCLA declarou o acampamento no campus como “ilegal” e “uma violação da política universitária”. No anúncio, a administração da universidade ameaçou os estudantes que insistirem em protestar, afirmando que estes arriscam punições como a suspensão ou até mesmo a expulsão, em alguns casos.

Tanto os atos no Canadá quanto os da Califórnia são repercussões de um movimento que teve início no dia 18 de abril, com uma manifestação de apoio à Palestina na Universidade de Columbia, em Nova York, e que posteriormente se espalharam por outros estabelecimentos de ensino em vários países.

Até o momento, mais de 900 pessoas foram presas em todo o território dos Estados Unidos por terem participado de protestos universitário a favor da Palestina.