Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira (26/01) que a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) de não arquivar a denúncia da África do Sul por suposto genocídio da população palestina na Faixa de Gaza é “uma mancha de vergonha que não será apagada por gerações”.

“A afirmação de que Israel perpetra um genocídio contra o povo palestino é não apenas mentirosa, mas também ultrajante. Israel combate uma guerra justa contra os monstros do Hamas”, disse o primeiro-ministro.

Em seguida, o líder sionista declarou que a CIJ agiu de maneira correta ao “recusar o pedido de nos privar do direito de autodefesa”, e acrescentou que Israel, está travando uma “guerra justa” contra o Hamas, e que seu país lutará até a “vitória total”.

“Israel rejeita a tentativa vil de negar o seu direito de se defender e continuará combatendo o Hamas”, disse o premiê.

“O compromisso de Israel com o direito internacional é inabalável. Igualmente inabalável é o nosso compromisso sagrado de continuar a defender o nosso país e o nosso povo”, disse Netanyahu.

Em outro trecho, o primeiro-ministro israelense utilizou o termo “genocida” para qualificar o Hamas e afirmou que a ofensiva militar em Gaza é “contra terroristas, não contra civis palestinos”.

Em pronunciamento, primeiro-ministro israelense disse que caso apresentado pela África do Sul na Corte de Haia é ‘ultrajante’ e

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Primeira declaração do primeiro-ministro Netanyahu diz que Israel está travando uma “guerra justa como nenhuma outra".

Quem também fez declarações foi o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Em suas redes sociais, ele disse que “o Estado de Israel não precisa de lições morais para distinguir entre terroristas e a população civil de Gaza”.

“Aqueles que procuram justiça não a encontrarão nas cadeiras de couro dos tribunais de Haia. Encontrarão nos túneis do Hamas em Gaza, onde estão detidos 136 reféns e onde estão aqueles que assassinaram os nossos filhos”, continuou.

A juíza norte-americana Joan Donoghue, presidente da CIJ, afirmou em audiência nesta sexta-feira que a operação militar conduzida por Israel “resultou num grande número de mortes e feridos”.

As autoridades de Gaza e organismos de direitos humanos que atuam na região registram oficialmente mais de 25 mil civis mortos, incluindo mais de dez mil crianças, durante os bombardeios e ações militares por terra em pouco mais de três meses de ofensiva militare israelense no território palestino. Esse número equivale a mais de 1% da população local, estimada em 2,3 milhões de pessoas.