30 palestinos morrem, incluindo crianças, em ofensiva de Israel
Ministro da cultura israelense declara que 'não há possibilidade' de acordo de cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza
Mais de 30 pessoas, incluindo crianças, foram mortas por ataques israelenses em Gaza desde o amanhecer deste domingo (31/08). Nas últimas 24 horas, no norte do território, três pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas em um bombardeio sionista em tendas que abrigavam famílias deslocadas a oeste da Cidade de Gaza.
Na Cidade de Gaza, a Defesa Civil informou um incêndio em tendas perto do Hospital Al-Quds após ofensiva israelense. Em paralelo, outras cinco pessoas foram mortas e três ficaram feridas quando um apartamento residencial foi atingido perto do bairro de Remal.
No centro, segundo a emissora catari Al Jazeera, equipes recuperaram os corpos de duas pessoas nos escombros da casa da família al-Hafi em Nuseirat. Cinco feridos foram transferidos para hospitais. Outras quatro pessoas também foram mortas e três feridas durante um ataque separado em uma cafeteria perto do Tribunal Militar.
Em Khan Younis, a Defesa Civil disse que sua equipe ficou ferida em um ataque ao Hospital Nasser, junto com dois civis. Uma mulher palestina e três de seus filhos foram mortos em um ataque israelense a uma casa no norte de Gaza, disse uma fonte dos serviços de emergência à Al Jazeera.
Ataques israelenses mataram 88 pessoas e feriram 421 nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Entre as vítimas, 30 pessoas morreram enquanto buscavam ajuda. Ao todo, 63.459 civis foram mortos e 160.256 feridos pelo governo sionista desde 7 de outubro de 2023.
Ocupação sionista
Através de uma declaração no X, Ismail al-Thawabta, diretor do Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza, diz que o exército israelense está usando “robôs explosivos” em áreas residenciais e deslocando palestinos à força.

Cidadãos procuram sobreviventes após um ataque aéreo israelense em um apartamento no bairro de Al-Rimal, na Cidade de Gaza
WAFA
Segundo a Al Jazeera, as Forças de Ocupação de Israel (IDF) utilizaram mais de 80 desses dispositivos em bairros civis nas últimas três semanas, chamando isso de uma “política de terra arrasada” que destruiu casas e colocou vidas em perigo.
al-Thawabta informou que mais de um milhão de palestinos na Cidade de Gaza e no norte “se recusam a se submeter à política de deslocamento forçado e limpeza étnica”, apesar da destruição e da fome causadas pelo ataque israelense.
Sem cessar-fogo temporário
O ministro da Cultura, Miki Zohar, disse ao Canal 12, no sábado (30/08), que um acordo de cessar-fogo temporário para libertar reféns israelenses mantidos em Gaza “não está na agenda”.
“Há uma decisão clara do Estado de Israel, e na minha opinião ela pode ser expressa de forma mais clara nos próximos dias: apenas um acordo completo”, disse Zohar ao canal. “Não há mais possibilidade de um acordo parcial. Israel decidiu que um acordo parcial não está na agenda. A única coisa na agenda é acabar com a guerra, juntamente, é claro, com o retorno de todos os reféns e a desmilitarização da Faixa de Gaza”, acrescentou.
Os comentários do ministro foram feitos duas semanas após o Hamas dizer que aceitou o esboço de um acordo de cessar-fogo de 60 dias que resultaria na libertação de 10 prisioneiros israelenses vivos, dos 48 reféns ainda mantidos pelos grupos da resistência em Gaza.
Segundo o jornal Times of Israel, o governo não respondeu à oferta de cessar-fogo e prosseguiu com seus planos de conquistar a Cidade de Gaza. Não se esperava que o acordo fosse considerado na reunião de gabinete hoje (31/08).























