Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Pelo menos 15 palestinos morreram asfixiados por gás lacrimogêneo disparado contra uma multidão durante a distribuição de alimentos da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, em inglês), apoiada pelos EUA e Israel, em Khan Younis, no sul do território, nesta quarta-feira (16/07). A informação é do Ministério da Saúde local.

“Estávamos correndo como todo mundo. Chegamos ao portão e percebemos que estava fechado; havia milhares de pessoas. Os americanos lançaram gás lacrimogêneo contra a multidão para dispersá-la, o que provocou uma debandada, e muitos morreram esmagados“, relatou um civil à emissora catari Al Jazeera.

Em decorrência do episódio, o ministério declarou: “pela primeira vez, registram-se mortes por asfixia e pelo intenso pânico nos centros de distribuição de ajuda”. O gabinete palestino informou ainda que pelo menos 21 pessoas morreram próximo ao local.

A versão da GHF, contestada por testemunhas e autoridades locais, atribuiu a culpa do incidente a homens armados e afiliados ao Hamas, grupo resistente da Palestina. A organização ainda alegou que 19 vítimas foram pisoteadas e outra foi esfaqueada “em meio a uma onda caótica e perigosa”.

Paralelamente, segundo fontes médicas, 51 palestinos morreram em outros ataques desde o amanhecer. O serviço de emergência registrou dois civis mortos e feridos durante um ataque israelense em Jabalia al-Balad, ao norte de Gaza.

A agência da ONU para refugiados palestinos alerta que uma em cada 10 crianças examinadas em suas clínicas está desnutrida, em meio à crise de fome provocada pelo bloqueio israelense. O Ministério da Saúde de Gaza informa que 58.479 civis morreram e 139.355 ficaram feridos desde o início dos ataques à Palestina, em 7 de outubro de 2023.

Pelo menos 21 palestinos foram mortos no último massacre no centro de distribuição de ajuda do GHF no sul de Gaza

Pelo menos 21 palestinos foram mortos no último massacre no centro de distribuição de ajuda do GHF no sul de Gaza
Jaber Jehad Badwan / Wikimedia Commons

Cúpula do Grupo de Haia

Nesta terça-feira (15/07) o governo da Colômbia sediou em Bogotá a cúpula internacional que reúne governos e movimentos populares para coordenar medidas concretas contra a ocupação israelense dos territórios palestinos e o genocídio em curso na Faixa de Gaza.

A reunião conta com apoio de 30 países que enviarão delegações para as plenárias. Após dois dias de discussão, eles irão redigir uma resolução conjunta com medidas legais, diplomáticas e econômicas para responsabilizar Israel pela ocupação e pelos ataques em Gaza.

O Brasil anunciou nesta segunda-feira (14/07) a sua adesão à ação movida pela África do Sul na ONU acusando Israel pelo genocídio em Gaza.