1.500 profissionais do cinema anunciam boicote a instituições cúmplices do genocídio em Gaza
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Cerca de 1.500 profissionais que atuam no cinema, entre atores, diretores e trabalhadores da indústria audiovisual, anunciaram um boicote a instituições culturais israelenses, acusadas de cumplicidade no genocídio e apartheid contra o povo palestino em Gaza.
“Inspirados pelos Cineastas Unidos Contra o Apartheid, que se recusaram a exibir seus filmes na África do Sul do apartheid, prometemos não exibir filmes, aparecer ou trabalhar de qualquer forma com instituições cinematográficas israelenses — incluindo festivais, cinemas, emissoras e produtoras — que estejam implicadas no genocídio e no apartheid contra o povo palestino“, afirmam em comunicado divulgado no The Guardian.
Entre os signatários da medida, inspirada em mobilização feita durante o apartheid na África do Sul, estão cineastas renomados como Fernando Meirelles, Yorgos Lanthimos, Ava DuVernay, Asif Kapadia, Boots Riley e Joshua Oppenheimer.
Atores de projeção mundial assinam o comunicado como Gael García Bernal, Susan Sarandon, Olivia Colman, Mark Ruffalo, Tilda Swinton, Javier Bardem e Riz Ahmed também assinam o comunicado. Além de jovens estrelas como Ayo Edebiri, Josh O’Connor, Rebecca Hall, Ilana Glazer e Aimee Lou Wood.

1.500 profissionais do cinema anunciam boicote a instituições cúmplices do genocídio em Gaza
@filmworkers4palestine
Chamado
Segundo os profissionais do cinema, o comunicado atende “ao chamado dos cineastas palestinos, que pediram à indústria cinematográfica internacional que recusasse o silêncio, o racismo e a desumanização, bem como que ‘fizesse tudo o que fosse humanamente possível’ para acabar com a cumplicidade em sua opressão.”
“Como cineastas, atores, trabalhadores da indústria cinematográfica e instituições, reconhecemos o poder do cinema para moldar percepções. Neste momento urgente de crise, em que muitos de nossos governos permitem a carnificina em Gaza, devemos fazer tudo o que pudermos para enfrentar a cumplicidade nesse horror implacável”, diz o texto.
O manifesto também recorda que “a mais alta corte do mundo, a Corte Internacional de Justiça, decidiu que há um risco plausível de genocídio em Gaza e que a ocupação israelense e o apartheid contra os palestinos são ilegais”. E afirma que “defender a igualdade, a justiça e a liberdade para todas as pessoas é um profundo dever moral que nenhum de nós pode ignorar. Da mesma forma, devemos nos manifestar agora contra os danos causados ao povo palestino”.























