Sábado, 6 de dezembro de 2025
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As Forças de Israel (IDF, na sigla em inglês) realizaram um “ataque preciso” na capital do Líbano, Beirute, neste domingo (23/11), alegando ter o chefe de gabinete do Hezbollah como alvo. A ofensiva deixou cinco mortos e 28 feridos, segundo o Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde Pública libanês.

Segundo a Rádio do Exército Israelense, que o alvo da ofensiva – que ocorre ocorre às vésperas do acordo de cessar-fogo na região, assinado em 26 de novembro de 2024, completar um ano – era Ali Tabatabai, chefe interino do Estado-Maior do grupo de resistência libanês.

Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, seu país realizou “um ataque no coração de Beirute, visando o chefe do Estado-Maior do Hezbollah”. A ofensiva feita contra o município Haret Hreik, em Dahiyeh, nos subúrbios do sul de Beirute e conhecido como o reduto da resistência, tinha como objetivo atingir o homem que “liderava o fortalecimento e o armamento do partido”.

Segundo a Al Jazeera, essa foi a terceira tentativa das IDF em atingir a autoridade do Hezbollah desde a guerra deflagrada em 2024. Por sua vez, o Hezbollah ainda não se pronunciou sobre o ataque, ferimento ou morte de Ali Tabatabai.

A emissora catari ainda noticiou que o ataque israelense realizado em uma área residencial ocorreu sem ordens de evacuação ou avisos prévios.

A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NAA) informou que “aeronaves hostis” bombardearam um subúrbio ao sul de Beirute, causando feridos e danos materiais significativos.

Ofensiva de Israel deixou cinco mortos e 28 feridos
IRNA/Fotos Públicas

Segundo a agência, o presidente libanês, Joseph Aoun, considerou o ataque israelense como “mais uma prova de que Israel não se importa com os repetidos apelos para cessar os ataques contra o Líbano”.

O chefe de Estado declarou que Israel “se recusa a implementar as resoluções internacionais e todos os esforços e iniciativas para pôr fim à escalada e restaurar a estabilidade, não só no Líbano, mas em toda a região”.

“O Líbano, que tem respeitado a cessação das hostilidades há quase um ano e apresentado diversas iniciativas, renova seu apelo à comunidade internacional para que assuma sua responsabilidade e intervenha de forma firme e séria para pôr fim aos ataques contra o Líbano e seu povo”, disse ainda.

Por fim, Aoun enfatizou “a necessidade de evitar qualquer deterioração que possa trazer de volta a tensão à região e de impedir mais derramamento de sangue”.

Já o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que seu país “continuará a agir com firmeza para evitar qualquer ameaça”.

O comunicado de seu gabinete acrescentou ainda que “quem levantar a mão contra Israel, terá a mão cortada” e que juntamente com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ele está “determinado a continuar a política de aplicação máxima da lei no Líbano e em todos os outros lugares”.

(*) Com Middle East Monitor e informações de The Times of Israel