Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O vice-comandante da Guarda Revolucionária Islâmica iraniano (IRGC, na sigla em inglês), Ali Fadavi, afirmou nesta sexta-feira (04/10) que o Irã destruirá as refinarias de petróleo, além de instalações de energia e gás israelenses, como retaliação caso Tel Aviv “cometer o erro” de atacar o Teerã. A declaração foi dada em entrevista ao canal libanês Al-Mayadeen.

“Se os ocupantes cometerem esse erro, visaremos todas as suas fontes de energia, instalações e todas as refinarias e campos de gás”, disse Fadavi, acrescentando que seu país tem a capacidade de atacar todos esses alvos simultaneamente. “O Irã é um país grande com muitos centros econômicos, enquanto Israel tem três usinas de energia e várias refinarias, e podemos atingi-las ao mesmo tempo”.

Em seguida, também ao Al-Mayadeen, o comandante-chefe do Exército do Irã, major-general Abdolrahim Mousavi, alertou que se o governo israelense tomar ações imprudentes, receberá uma resposta “dura e destrutiva”.

“Exercemos contenção e paciência no passado, mas estamos prontos para desferir um ataque preciso e devastador no momento apropriado”, afirmou.

Wikimedia Commons/Agência de Notícias Mehr
O vice-comandante da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês), Ali Fadavi ameaçou atacar refinarias de petróleo, além de instalações de energia e gás israelenses, como retaliação caso Tel Aviv atacar Teerã

Israel ameaça atacar o Irã

Horas após o ataque de mísseis de terça-feira (01/10), reivindicado pela IRGC, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que o Irã cometeu um “grande erro” ao mirar as bases militares de Tel Aviv e ameaçou retaliar.

“O Irã cometeu um grande erro esta noite e pagará por isso. Quem quer que nos ataque, nós os atacaremos”, disse o premiê, descrevendo a ofensiva como um “fracasso” e assegurando que o Irã terá um destino semelhante ao dos grupos Hamas e Hezbollah.

Por sua vez, a IRGC justificou o disparo de mísseis contra Israel em resposta às suas contínuas agressões em Gaza e no Líbano, bem como aos assassinatos das principais lideranças dos grupos de resistência, incluindo o líder do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh; o chefe militar do Hezbollah, Fuad Shukr; o líder supremo do movimento libanês, Hassan Nasrallah; e o general Abbas Nilforooshan, vice-comandante de operações do IRGC.