Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (18/11) a divulgação de arquivos de investigação relacionados ao empresário Jeffrey Epstein, acusado de manter uma rede de exploração sexual e morto na prisão em 2019, após Donald Trump mudar sua posição e declarar que assinaria a medida sobre a liberação da investigação criminal se chegasse à sua mesa.

A votação avançou com facilidade após o sinal verde de Trump, já que a Câmara é controlada pelos republicanos. A resolução que determina a liberação de todos os materiais não confidenciais relacionados a Epstein seguirá agora para análise no Senado.

O placar foi de 427 a 1. O único voto contrário partiu do republicano Clay Higgins, da Louisiana, que se posicionou contra a divulgação dos documentos.

Trump e o presidente da Câmara, Mike Johnson, mudaram sua abordagem, passando de oposição direta a declarações de indiferença. “NÃO ME IMPORTO!”, escreveu o líder da Casa Branca em uma publicação nas redes sociais no domingo (16/11). “Tudo o que me importa é que os republicanos VOLTEM AO FOCO”.

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Em um pronunciamento no Salão Oval na segunda-feira, o presidente disse que não queria que o escândalo do criminoso “desviasse a atenção” dos sucessos da Casa Branca e afirmou que se tratava de uma “farsa” e “um problema dos democratas”. “Vamos dar tudo a eles. Deixem o Senado analisar, deixem qualquer um analisar, mas não falem muito sobre isso, porque, sinceramente, não quero que nos tirem isso”.

Câmara dos Representantes deve votar a divulgação de documentos sobre caso Epstein após mudança de posição de Trump

Câmara dos Representantes deve votar a divulgação de documentos sobre caso Epstein após mudança de posição de Trump
Official White House / Molly Riley

Em uma postagem no LinkedIn direcionada a Trump, o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, escreveu: “vamos facilitar as coisas. Basta liberar os arquivos agora”. Em entrevista ao podcast Pod Save America na segunda-feira, Khanna, o congressista da Califórnia que lidera a iniciativa na Câmara, disse que agora espera que a medida seja aprovada “rapidamente” no Senado.

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Por sua vez, como presidente do pais, o republicano tem autoridade para ordenar ao Departamento de Justiça que divulgue os documentos em sua posse, como já fez anteriormente com os registros governamentais relacionados aos assassinatos de Martin Luther King e John F. Kennedy.

Na noite de segunda-feira, ativistas projetaram uma imagem de Trump e Epstein no prédio do Departamento de Justiça, acompanhada da mensagem: “divulguem os arquivos agora”.

A amizade de Trump com Epstein votou aos holofotes após e-mails do empresário citar o atual presidente dos EUA. O financista tinha também ligações com outras figuras políticas e poderosas nos EUA e no exterior. Epstein cometeu suicídio em uma cela de prisão em Nova York em 2019.