OMS: ao menos 40 atletas testam positivo para covid-19 nas Olimpíadas de Paris
Chefe de preparação para pandemias, Van Kerkhove não detalhou quem foi diagnosticado, mas destacou que vírus segue ‘muito presente em todos os países’
Pelo menos 40 atletas foram diagnosticados com Covid-19 nas Olimpíadas de Paris 2024 até o momento. Os números são de um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta terça-feira (06/08). Segundo a entidade, a situação reflete o aumento de casos em todo o mundo.
Em coletiva à imprensa em Genebra, na Suíça, a Dra. Maria Van Kerkhove, chefe de preparação para epidemias e pandemias da OMS, afirmou que “não é surpreendente ver atletas infectados, porque o vírus está circulando muito rapidamente em outros países”.
“Nos últimos meses, (…) muitos países sofreram surtos de Covid-19, incluindo nos Jogos Olímpicos, onde pelo menos 40 atletas testaram positivo”, pontua a especialista.
Van Kerkhove esclarece que o Comitê Olímpico, em colaboração com a OMS , “analisou todas as diferentes abordagens que precisam ser implementadas” durante grandes eventos como as Olimpíadas e tomou “as medidas certas”. A organização não detalhou a quais países pertence cada atleta diagnosticado com o coronavírus.

Twitter/Paris2024
Organização Mundial da Saúde (OMS) esclarece que o Comitê Olímpico “analisou todas as diferentes abordagens que precisam ser implementadas” durante grandes eventos como as Olimpíadas e tomou “as medidas certas” contra a covid-19
Aumento recente de casos no mundo
A chefe de preparação para epidemias da OMS ressaltou que o vírus “ainda está muito presente” no mundo, circulando “em todos os países”. Os dados recolhidos pela entidade através do sistema de vigilância sentinela em 84 países mostram que a percentagem de testes positivos aumentou nas últimas semanas.
Este quadro “levou a um aumento no número de hospitalizações e mortes em vários países”, disse Van Kerkhove.
“No geral, a taxa de testes positivos é superior a 10%, mas este número varia de uma região para outra, com uma taxa superior a 20% na Europa, por exemplo”, detalhou.
Mas ela ressalta que o monitoramento de águas residuais (após a utilização humana) sugere que a circulação do vírus é “2 a 20 vezes maior do que o relatado atualmente”.
“Isto é importante porque o vírus continua a evoluir, colocando a todos em risco de surgirem vírus mais perigosos que poderiam escapar ao nosso monitoramento”, alertou a especialista.
Segundo a entidade, a circulação tão elevada de Covid-19 “não é habitual” nesta época, uma vez que as epidemias de vírus respiratórios tendem a aumentar nas estações mais frias do ano.
A OMS continua fazer apelos aos governos para melhorarem a vigilância do vírus e às populações para que se protejam, inclusive através da vacinação. Mas Van Kerkhove observou que a situação atual continua diferente do período entre 2020 e 2022, porque o mundo dispõe agora de tratamentos, ferramentas de rastreio e vacinas.
Mas a OMS registrou um declínio alarmante na cobertura vacinal nos últimos dois anos, especialmente entre os profissionais de saúde e as pessoas com mais de 60 anos. “É urgente remediar esta situação”, insistiu Van Kerkhove.























