Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) anunciou nesta quarta-feira (05/11) a criação do Prêmio da Paz da Fifa, honraria que será concedida a “indivíduos que ajudam a unir as pessoas em paz por meio de compromisso inabalável e ações especiais”.

Segundo o presidente da entidade, o italiano Gianni Infantino, a primeira edição do novo prêmio será entregue ainda este ano, mais precisamente no dia 5 de dezembro, durante o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026.

O dado curioso é que o evento que acontecerá na cidade de Washington DC e que contará com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como representante de um dos países sede do torneio futebolístico mundial – junto com México e Canadá.

A entrega do prêmio em um evento onde a presença de Trump já está garantida levantou rumores sobre a possibilidade de que o mandatário estadunidense seja o vencedor, especulação levantada por jornais como o The New York Times e o The Guardian, entre outros.

Infantino e Trump

O rumor também se baseia no fato de que Infantino é uma figura que tem demonstrado forte alinhamento com Donaldo Trump, inclusive em reuniões nas quais sua presença foi considerada estranha.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, durante visita a Donald Trump na Casa Branca
The White House / X

No dia 13 de outubro, o presidente da Fifa acompanhou Trump em uma cúpula no Egito pouco depois da entrada em vigor de um cessar-fogo em Gaza.

Dias depois, também em 27 de outubro, entidade máxima do futebol nomeou Ivanka Trump, filha do mandatário estadunidense, como membro do conselho de um projeto educacional de US$ 100 milhões, parcialmente financiado pela venda de ingressos para a Copa do Mundo de 2026.

Ademais, outro elemento que alimenta os rumores é o fato de o presidente norte-americano ter perdido o Nobel da Paz, que foi entregue em outubro deste ano à líder da oposição de extrema direita da Venezuela, María Corina Machado.

Críticas por Israel

Nas redes sociais, o anúncio sobre a criação de um Prêmio da Paz da Fifa tem reforçado o repúdio ao fato de a entidade máxima do futebol não ter eliminado Israel dos torneios organizados por ela, como punição pelo genocídio que o exército desse país tem promovido contra o povo palestino residente na Faixa de Gaza.

Os críticos dessa postura defendem que a Fifa imponha a Israel a mesma punição aplicada à Rússia, que deixou de participar de competições futebolísticas mundiais desde o início da guerra com a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Com informações do The Guardian.