Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A presidente autoproclamada da Bolívia, Jeanine Áñez, anunciou na noite desta quinta-feira (17/09) sua retirada da corrida eleitoral dizendo buscar a unidade contra o Movimento pelo Socialismo (MAS), o partido do ex-presidente Evo Morales.

“Se não nos unimos, Morales volta”, disse Áñez em uma declaração gravada, um dia após ter sido realizada uma pesquisa de intenção de voto que a deixou em quarto lugar nas preferências, com apenas 10% de apoio, 30 pontos abaixo do candidato Luis Acre, do MAS.

A governante, que assumiu o poder após um golpe de Estado que derrubou Evo Morales em novembro passado, afirmou que tomou a decisão “por um bem maior”, uma vez que procura a unidade do centro-direita para evitar que o Movimento pelo Socialismo possa ganhar a primeira volta.

Presidente autoproclamada pediu 'união' da direita contra Luis Arce; Evo disse que Áñez 'negociou impunidade' antes de desistir

ABI

Áñez (centro) desistiu de candidatura às eleições da Bolívia

Em discurso breve, a presidente autoproclamada pediu “a quem seja candidato democrático para enfrentar o MAS”, que conserve “algumas coisas importantes” de seu “legado”, entre as quais mencionou “a pacificação, a estabilidade econômica e 10% do orçamento para a saúde”.

Logo após a renúncia de Áñez à corrida presidencial, Evo Morales escreveu em sua conta no Twitter que a saída de Áñez “há muito que estava decidida” e que “só faltava negociar a sua impunidade”.

“É claro que o preço de sua nova aliança é a impunidade pelos escandalosos casos de corrupção em meio à pandemia […] e pelo economicídio a que submeteu o país”, escreveu o líder do MAS.

Morales, que vive atualmente exilado na Argentina, recorreu ao Tribunal Constitucional de La Paz para anular uma decisão recente da comissão eleitoral da Bolívia que o proibiu de concorrer nas eleições ao Senado.