Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Grupo de Puebla, organização formada por 30 líderes progressistas de 12 países da América Latina, condenou neste sábado (17/10) a detenção por autoridades bolivianas de um deputado argentino que viajou ao país na condição de observador internacional das eleições gerais que ocorrem neste domingo (18/10).

O grupo pediu que a representação da União Europeia e da ONU na Bolívia intercedam por Federico Fagioli e classificou a ação como autoritária.

“Fazemos um chamado à UE na Bolívia e à ONU na Bolívia para que intercedam por meio de suas delegações frente às ameaças, ações e comportamentos próprios de uma ditadura”, disse a organização.

Em nota, o grupo também condenou “o maltrato exercido pela polícia boliviana contra a delegação argentina que está na Bolívia para cumprir com seu dever de observado para as eleições”.

“Deve-se garantir a integridade de todos os membros do conjunto de missões. O que está em jogo é a democracia”, disse.

Parlamentar argentino viajou ao país na condição de observador das eleições; 'comportamentos próprios de uma ditadura', disse organização

Reprodução/Twitter

Federico Fagioli viajou à Bolívia na condição de observador das eleições

O deputado argentino Federico Fagioli foi detido na noite deste sábado (16/10) ao desembarcar no aeroporto de El Alto, na Bolívia. O parlamentar integra a missão convidada pela presidente do Senado boliviano, Eva Copa, para acompanhar na condição de observadores internacionais as eleições gerais bolivianas.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, também manifestou seu repúdio ao episódio e responsabilizou o governo da autoproclamada presidente Áñez pela segurança dos observadores internacionais. 

O candidato à presidência da Bolívia pelo partido Movimento ao Socialismo (MAS), Luis Arce, condenou as ações dos policiais e exigiu respeito aos direitos dos observadores internacionais.

“Condenamos os ataques que o deputado Federico Fagioli recebeu em sua chegada ao país como parte da missão eleitoral que a república irmã da Argentina enviou para acompanhar as eleições da Bolívia de 2020”, disse Arce.