Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Atualizada às 00h17

A apuração dos votos nas eleições presidenciais da Argentina começou a ser divulgada às 21h deste domingo (27/10). O candidato peronista Alberto Fernández venceu as eleições no primeiro turno, superando o presidente Mauricio Macri.

Com 88,29% das urnas apuradas, Fernández tinha 47,43% dos votos, contra 40,78% de Macri. Na Argentina, para vencer no primeiro turno, o candidato deve obter 45% dos votos ou ter 40% somado a uma diferença de 10 pontos do candidato em segundo lugar. A tendência de vitória do candidato peronista é irreversível.

Junto a Fernández, a ex-presidente Cristina Kirchner foi eleita vice-presidente.

De acordo com o governo argentino, o comparecimento foi de 80% dos eleitores habilitados. A Câmara Nacional Eleitoral do país afirmou que o dia de votação ocorreu com tranquilidade. Cerca de 30 milhões de eleitores eram esperados para votar nas eleições presidenciais.


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Acompanhe a apuração em tempo real (não é necessário atualizar a página):

Na província de Buenos Aires, os resultados apontam para a vitória em primeiro turno do ex-ministro da Economia do governo Cristina, Axel Kicillof, substituindo a macrista María Eugénia Vidal. Já na cidade de Buenos Aires, o prefeito Horácio Larreta, aliado de Macri, venceu em primeiro turno o peronista Matías Lammens.

De acordo com o governo argentino, o comparecimento foi de 80% dos eleitores habilitados.

Nas eleições primárias (PASO) do país, a chapa Alberto-Cristina havia conquistado 49,19% dos votos, enquanto a Macri-Pichetto obteve 32,94%


ELEIÇÕES NA ARGENTINA: COBERTURA COMPLETA


Fernández foi eleito presidente no primeiro turno; na Argentina, um candidato deve obter 45% dos votos ou ter 40% somado a uma diferença de 10 pontos do candidato em segundo lugar para evitar segundo turno

Reprodução

Urnas fecham na Argentina; Macri tenta reeleição, mas Fernández é favorito

Uma vitória de Fernández daria fim ao governo neoliberal de Macri. Durante seu mandato, 3,25 milhões de pessoas foram da classe média à classe baixa. Em 2019, 7,7% dos argentinos estão abaixo da linha da pobreza. 

A inflação na Argentina, em 12 meses, teve um aumentou de 53,5%. A cesta básica do país, que contêm itens básicos de alimentação e serviços como transporte e roupa, subiu, entre 2018 e 2019, 57,6%. 

Em abril, foi divulgado um estudo que apontou que 1,467 milhões de crianças e adolescentes passaram fome na Argentina em 2018. O estudo mostrou que cerca de 642 mil crianças e adolescentes não receberam nenhuma assistência do governo. De acordo com o estudo, nos últimos três anos a inseguranças alimentar aumentou 5,5 pontos percentuais.

Se ganhar, Fernández pretende colocar em prática o plano “Argentina Contra A Fome”, o programa é inspirado no “Fome Zero” que foi implantado no Brasil durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

“Não me importa de onde vêm, não me importa como pensam: não podemos viver em paz com semelhante flagelo. Travemos a batalha mais sensata que podemos travar: fazer com que os argentinos deixem de padecer com a fome”, disse Fernández ao detalhar seu plano.