Socialistas Democráticos da América: ‘perpetrador de genocídio, Biden teve um fim desonroso na carreira’
Para a maior organização socialista dos EUA, trabalhadores serão excluídos independente de quem for indicado pelo Partido Democrata à corrida eleitoral
Em carta, os Socialistas Democráticos da América (DSA, por sua sigla em inglês) declararam que a carreira do presidente norte-americano Joe Biden teve um “fim desonroso” após ter incentivado, sobretudo, o genocídio em curso na Faixa de Gaza e, tal qual uma “marionete das corporações”, ter fracassado em suas políticas com a classe operária.
“Biden aproveitou todas as oportunidades para arruinar suas chances de reeleição. Mais notavelmente, ele continua financiando e apoiando ativamente o terrível genocídio de palestinos em Gaza por Israel, derrubando sua popularidade entre os eleitores jovens”, diz a nota.
O grupo crítico à gestão do democrata de 81 anos se constitui atualmente como a maior organização socialista dos Estados Unidos. O comunicado foi emitido no domingo (21/07), quando Biden anunciou sua desistência como candidato à reeleição para mais um mandato na Casa Branca.
“Embora a saída de Biden da corrida presidencial hoje melhore as chances de evitarmos uma presidência de Trump, seja quem for o indicado pelo Partido Democrata, certamente ficará aquém do que a classe trabalhadora merece”, destaca.
A DSA revela que o Partido Democrata se encontra “completamente despreparado para combater a extrema-direita” ao lembrar que, nas eleições de 2020, os próprios membros da legenda revelaram ter nomeado o atual mandatário não pela possibilidade de vencer o republicano Donald Trump, mas pelo intuito de derrotar “o popular candidato socialista democrático Bernie Sanders”.
“Nenhum dos dois grandes partidos tem uma visão que sirva à classe trabalhadora. Precisamos de uma alternativa séria ao protofascismo do Partido Republicano e à guerra contra sindicatos, imigrantes, mulheres e transgêneros e a própria democracia – e uma alternativa à cumplicidade do Partido Democrata”, afirmam os socialistas.
A DSA defende a necessidade de um novo partido que represente um movimento em massa composto por aqueles que estejam dispostos a lutar contra guerras, intolerância e exploração corporativa.
“Merecemos um partido que defenda o poder dos trabalhadores, lute pela libertação e dignidade de todas as pessoas, acabe com a crise climática e crie programas universais como habitação pública, faculdade gratuita e saúde pública para todos”, conclui a carta.

Wikimedia Commons/Reuben Ingber
Os Socialistas Democráticos da América (DSA) declararam que a carreira do presidente norte-americano Joe Biden teve um “fim vergonhoso”
Leia a carta na íntegra:
“Joe Biden tem sido um belicista e um perpetrador de genocídio, um ladrão para as corporações, um inimigo dos imigrantes e do meio ambiente e um fracasso para a classe trabalhadora. Ele teve um fim desonroso em sua carreira.
Embora a saída de Biden da corrida presidencial hoje aumente as chances de evitarmos uma presidência de Trump, seja quem for o candidato democrata certamente ficará aquém do que a classe trabalhadora merece.
Mais americanos estão se tornando dolorosamente conscientes de que a liderança do Partido Democrata está completamente despreparada para combater a extrema direita com a ferocidade necessária. Fontes internas democratas admitiram recentemente que Biden só foi ungido em 2020 não porque pudesse vencer Trump, mas porque queriam vencer o candidato socialista democrata Bernie Sanders, esmagadoramente popular.
Desde que se tornou presidente, Biden aproveitou todas as oportunidades para arruinar suas chances de reeleição. Mais notavelmente, ele continua financiando e apoiando ativamente o terrível genocídio de palestinos em Gaza por Israel, derrubando sua popularidade entre os eleitores jovens. Ele ofereceu zero visão para o futuro além de ‘Nada mudará fundamentalmente’ – e à medida que as condições sociais e econômicas pioram, vemos que até isso era mentira.
Nenhum dos dois grandes partidos tem uma visão que sirva à classe trabalhadora. Precisamos de uma alternativa séria ao protofascismo do Partido Republicano e à guerra contra sindicatos, imigrantes, mulheres e transgêneros e a própria democracia – e uma alternativa à cumplicidade do Partido Democrata.
Precisamos de um novo partido que represente um movimento de massas de pessoas comuns que queiram se levantar e lutar por um mundo livre de guerra, intolerância e exploração corporativa. Merecemos um partido que defenda o poder dos trabalhadores, lute pela libertação e dignidade de todas as pessoas, acabe com a crise climática e crie programas universais como habitação pública, faculdade gratuita e saúde pública para todos.”
























