Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O bilionário Elon Musk, dono da plataforma X, não compareceu nesta quinta-feira (31/10) a uma audiência obrigatória convocada pelo tribunal da Filadélfia, na Pensilvânia. O empresário, um apoiador declarado do candidato presidencial republicano Donald Trump, foi acusado de tentar influenciar as eleições norte-americanas por meio de sorteios milionários.

Para driblar o processo movido originalmente pelo promotor público Larry Krasner e “ganhar tempo”, os advogados de Musk entraram na noite anterior com uma “moção de remoção” e, assim, transferiram o caso para o tribunal federal.

À Justiça, a defesa de Musk justificou que a “interferência” de Krasner no discurso político e a alegação de que o acusado está “de alguma forma interferindo ilegalmente em uma eleição” levantaram questões da lei federal e deveriam, portanto, ser julgadas em um tribunal federal.

“A reclamação, na verdade, tem pouco a ver com alegações de incômodo e proteção ao consumidor da lei estadual”, escreveram os advogados. “Em vez disso, embora disfarçada de alegações de lei estadual, o foco da reclamação é impedir a suposta ‘interferência’ dos réus na próxima eleição presidencial federal por qualquer meio.”

Agora, sob a competência de um juiz federal, existe a possibilidade de que o caso possa retornar aos tribunais estaduais. De acordo com o jornal britânico The Guardian, os advogados do escritório do promotor distrital da Filadélfia afirmaram terem solicitado que o caso fosse devolvido à Pensilvânia.

X/Elon Musk
Elon Musk está sorteando diariamente US$ 1 milhão a eleitores norte-americanos que se registrem para votar por Donald Trump em estados-pêndulo

Sorteio milionário de Musk

Em apoio ao republicano de extrema direita, Donald Trump, Musk está sorteando diariamente US$ 1 milhão a eleitores norte-americanos que se registrem para votar pelo republicano em estados-pêndulo (que são decisivos para o resultado eleitoral), onde a disputa entre os dois principais candidatos presidenciais está acirrada. 

No processo original, o promotor Krasner argumentou que a petição de Musk e o concurso estavam “violando indiscutivelmente” leis específicas da Pensilvânia contra loterias ilegais. No entanto, a defesa do bilionário respondeu que Musk estava envolvido em discursos e gastos políticos legalmente protegidos.

Krasner, que é um democrata, entrou com uma ação no início desta semana para impedir o sorteio do chamado America PAC, que deve durar até o dia da eleição, 5 de novembro. 

“O America PAC e Musk elaboraram seu esquema de loteria ilegal para influenciar os eleitores nas eleições. Se não for proibido, o esquema de loteria prejudicará irreparavelmente os moradores da Filadélfia — e outros moradores da Pensilvânia — e manchará o direito do público a uma eleição livre e justa”, diz um dos argumentos da ação.