Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Plataforma Unitária, coalizão de direita que reúne alguns dos setores da oposição da Venezuela, realizou nesta quinta-feira (25/07) o encerramento da campanha do seu candidato presidencial, o ex-diplomata Edmundo González.

O ato aconteceu no bairro de Las Mercedes, região conhecida por reunir boa parte da classe alta de Caracas, e contou com discursos do candidato González e da ex-deputada María Corina Machado, líder da extrema direita e principal apoiadora da chapa oposicionista.

Em seu discurso, González chegou a citar o presidente argentino Javier Milei para dizer que seu projeto econômico seria “menos extremo” que o promovido atualmente no país do Cone Sul, baseado em dolarização e um profundo projeto de desestatização.

“Nosso plano é muito claro, pegamos elementos do plano de governo de María Corina (Machado), mas também do Plano Nacional de 2019 e de outros projetos programáticos anteriores, para criar uma proposta equilibrada, que não renega a importância das empresas estatais”, explicou o candidato opositor.

O caso mais importante é o da petroleira estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA, por sua sigla em espanhol). González prometeu que não irá privatizar a empresa, caso seja eleito.

Plataforma Unitária
Candidato opositor Edmundo González prometeu não privatizar estatal petroleira PDVSA caso seja eleito

“As empresas estatais que funcionam vão permanecer. Teremos que procurar ajuda para promover projetos que estão atrasados, mas o Estado não tem que estar envolvido em tudo, na gestão de hotéis ou de linhas de táxi. Devemos ampliar a participação do setor privado”, completou o ex-diplomata.

Semanas atrás, Edmundo González se negou a assinar um documento do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) no qual se comprometeria a aceitar os resultados apurados pelas autoridades eleitorais venezuelanas. Oito dos dez candidatos desta eleição assinaram o documento, incluindo o presidente Nicolás Maduro, candidato à reeleição.

A Plataforma Unitária afirma que pretende promover uma apuração paralela e que só aceitará os números desse levantamento como resultado oficial.

Ainda assim, durante o comício de encerramento, o candidato exigiu que Maduro aceite o resultado das urnas.