Sem ir às audiências, oposição critica decreto da Justiça que ratificou vitória de Maduro
Edmundo González Urrutia disse que decreto é ‘nulo e sem efeito’, mas não explicou razão da suposta nulidade ou apresentou qualquer prova
O ex-diplomata venezuelano Edmundo González Urrutia, que foi candidato da coalizão de extrema direita Plataforma Unitária nas últimas eleições presidenciais do país, emitiu uma declaração nesta quinta-feira (22/08), horas depois de o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ, por sua sigla em espanhol), mais alta corte do Judiciário local, ratificar a vitória de Nicolás Maduro no pleito realizado em 28 de julho.
Em mensagem publicada nas redes sociais do seu partido, González Urrutia disse que “a sentença da Suprema Corte da Venezuela é nula e sem efeito”.
“A soberania reside de forma intransferível no povo e os órgãos do Estado emanam da vontade popular e a ela estão sujeitos”, acrescentou, sem explicar em que se baseia a suposta nulidade do decreto alegada por ele.

Plataforma Unitária
Representantes da coalizão de extrema direita Plataforma Unitária dizem considerar ‘nula’ uma decisão tomada pelo maior tribunal de Justiça da Venezuela
Horas antes, o TSJ determinou que após finalizado o processo de auditoria das atas relativas às eleições de 28 de julho, não foram encontradas irregularidades.
A partir dessa determinação, o órgão decretou a certificação dos resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que apontam a vitória de Nicolás Maduro, com 51,95% dos votos válidos, enquanto Edmundo González Urrutia ficou em segundo lugar, com 43,18%.
“As informações contidas nas atas mostram plena concordância com os dados apresentados nos relatórios de cada centro de votação, em um processo que durou dias e que respeitou os mais altos padrões de transparência, verificados por observadores nacionais e estrangeiros que acompanharam os trabalhos”, explicou a magistrada Caryslia Beatriz Rodríguez.























