Caracas rechaça comentários dos EUA sobre eleições: ‘desistam de sabotar a Venezuela’
Chanceler venezuelano respondeu crítica após decisão de revogar convite a observadores eleitorais europeus
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, rejeitou em nome do governo venezuelano a declaração interventiva dos Estados Unidos em suas eleições presidenciais de 28 de julho.
A resposta do chanceler menciona o rechaço do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, sobre a decisão da Venezuela de revogar o convite para representantes da União Europeia observarem o pleito.
El Sr. Miller quizás está acostumbrado a darle instrucciones a la Unión Europea, pero nuestro país es libre y soberano hace más de 200 años. La democracia Bolivariana es sólida y ejemplar, mucho podríamos enseñarles a los EEUU a realizar elecciones verdaderamente libres.
El… pic.twitter.com/y30rU94Lvu
— Yvan Gil (@yvangil) May 30, 2024
“O senhor Miller pode estar habituado a dar instruções à União Europeia, mas o nosso país é livre e soberano há mais de 200 anos. A democracia bolivariana é sólida e exemplar, poderíamos ensinar muito aos EUA sobre a realização de eleições verdadeiramente livres”, respondeu Gil por meio de uma nota veiculada nas redes sociais.
Segundo ele, o “Poder Eleitoral da Venezuela não vai permitir o desrespeito de nenhuma organização de Washington” e instou os EUA a “desistirem das suas constantes tentativas de sabotar a Venezuela e suas instituições”.

UN Geneva/Flickr
Resposta do chanceler menciona rechaço do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller
Na última quarta-feira (29/05) o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela rejeitou a atitude intervencionista da UE em assuntos que, como as eleições presidenciais, são da responsabilidade exclusiva da Venezuela e do seu povo.
O reitor da CNE, Elvis Amoroso, repudiou “a declaração insolente da União Europeia” sobre o programa de fiscalização eleitoral, declaração que descreveu como “um novo ato intervencionista que procura interferir nas decisões do Conselho Nacional Eleitoral Venezuelano”.
Amoroso afirmou que “nenhuma organização estrangeira tem poder para decidir sobre o programa de fiscalização eleitoral” e revogou o convite à UE para participar do processo eleitoral devido à sua atitude hostil.
O representante do CNE ainda exigiu que o bloco levantasse suas sanções unilaterais contra Caracas se desejasse participar nos processos eleitorais da Venezuela.
(*) Com TeleSUR























