Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Atualização às 14h40

Sem apresentar provas ou evidências, o governo da Argentina reconheceu nesta sexta-feira (02/08) o candidato da oposição pela extrema direita Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições de 28 de julho e presidente eleito da Venezuela.

Por meio das redes sociais, a ministra das Relações Exteriores argentina Diana Mondino justificou o posicionamento de Buenos Aires com base no site não oficial com atas eleitorais publicado pela oposição. Segundo esses dados, González teve 67% dos votos, contra 30% do presidente Nicolás Maduro.

“Todos podemos confirmar, sem lugar a nenhuma dúvida, que o legítimo ganhador e presidente eleito é Edmundo González”, escreveu Mondino.

O governo argentino também pediu a emissão de um mandado de prisão internacional contra o mandatário da Venezuela, que segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, foi reeleito com 51,20% dos votos.

De acordo com o jornal argentino Pagina12, em consonância com a chancelaria argentina, o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, referiu-se a Maduro como “ditador” que “perdeu as eleições”.

O representante ainda alegou que o mandatário “falsificou dados eleitorais de forma extremamente óbvia” e que “o chavismo vem destruindo a Venezuela há muitos anos”, segundo o portal local Clarín.

Edmundo González/X
Movimento da Argentina acontece após governo dos EUA reconhecer González como vencedor do pleito presidencial

Crise diplomática entre Venezuela e Argentina

O reconhecimento do candidato da oposição de extrema direita como presidente eleito na Venezuela é mais um desdobramento da crise diplomática entre Buenos Aires e Caracas desde a eleição no último domingo.

Com o não reconhecimento de Maduro como presidente reeleito pelo mandatário Javier Milei, o governo chavista deu uma ordem de retirada do embaixador e corpo diplomático da Argentina em Caracas.

Os representantes argentinos em território venezuelano deixaram o país nesta quinta-feira (01/08). Desta forma, o Brasil assumiu o comando da embaixada do país em Caracas.

‘Evidências esmagadoras’

Após a Argentina, o Uruguai também reconheceu o candidato González como vencedor das eleições presidenciais na Venezuela.

“Em função de evidências esmagadoras, fica claro para o Uruguai que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais na Venezuela”, escreveu nas redes sociais o ministro das Relações Exteriores do país, Omar Paganini.

Paganini ainda disse esperar “que a vontade do povo venezuelano seja respeitada” e que “a verdade é o caminho da paz”.

O movimento da Argentina e do Uruguai acontece após o governo dos Estados Unidos reconhecer González como o vencedor do pleito presidencial, por meio de uma nota divulgada na noite desta quinta-feira (01/08).

Em comunicado do Departamento de Estado, o governo norte-americano disse, sem apresentar provas, que o candidato da Plataforma Unitária de extrema direita recebeu mais votos na eleição presidencial.

“Dadas as evidências esmagadoras, está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia teve o maior número de votos nas eleições de 28 de julho na Venezuela“, disse o secretário de Estado Antony Blinken.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato