Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Grupo de Puebla, organização formada por 30 líderes de 12 países da América Latina, pediu nesta quinta-feira (24/06) que a Justiça Eleitoral peruana declare oficialmente a vitória de Pedro Castillo na eleição presidencial do país

Castillo venceu as eleições com 50,12%, uma vantagem de 41 mil votos em relação a Keiko Fujimori, do Força Popular, que obteve 49,87% da votação. A organização exige que o resultado das urnas seja respeitado. 

Em nota, o grupo afirmou que “existem evidências contundentes” de que o candidato do Peru Livre obteve, “de acordo com as garantias e padrões de transparência”, maioria no pleito. 

“Apuradas a totalidade das atas de votação, chamamos respeitosamente o Júri Nacional Eleitoral (JNE) do Peru a proceder em conformidade e declarar de maneira formal a vitória de Pedro Castillo”, diz o comunicado.

Há mais de duas semanas do segundo turno e dez dias do fim da apuração, o JNE ainda não declarou Castillo vencedor oficialmente, porque permanece avaliando pedidos de anulação de atas eleitorais. 

Para os signatários da nota, os recursos de revisão das atas e do processo eleitoral não podem “constituir uma estratégia retardadora para impedir a validação de resultados que segundo as apurações são inquestionáveis”. 

O Grupo de Puebla ainda aponta que a demora “injustificada” para declarar a vitória oficial de Castillo gera “incertezas e espaços para indesejáveis confusões” em diversas áreas do país. 

Organização afirma que 'existem evidências contundentes' de que o candidato do Peru Livre obteve maioria no pleito; Castillo aguarda confirmação oficial

Reprodução

Castillo venceu as eleições com 50,12%, uma vantagem de 41 mil votos em relação a Keiko Fujimori

“Como é do conhecimento do presidente da República, das Forças Armadas e demais atores institucionais, qualquer demora injustificada na oficialização da decisão adotada pelo povo peruano e que resultou na eleição de Pedro Castillo, gera incertezas e espaços para indesejáveis confusões para o curso da economia, a estabilidade da democracia, e pode atrasar ilegitimamente o mandato do presidente eleito Castillo, afetando a realização dos projetos sociais anunciados durante sua campanha”, afirma a nota.

No começo de junho, o Grupo de Puebla já havia defendido a vantagem e virtual vitória alcançada pelo candidato da esquerda e pediu que os resultados das eleições presidenciais no país sejam respeitados.

“O Grupo de Puebla e aqueles que o compõe oferecemos ao presidente [Pedro] Castillo nosso apoio e vontade de colaboração para o êxito de seu governo”, afirma.

O comunicado, que foi assinado por figuras como a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-mandatário do Equador Rafael Correa, e o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, ainda destaca que a “jornada eleitoral deste dia 6 de junho é uma oportunidade histórica para recuperar a confiança na institucionalidade que, nos últimos anos, sofreu uma grave crise que violou a estabilidade democrática do Peru”.