Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou-se a se comprometer a fazer uma transição política pacífica no caso de perder as eleições para o democrata Joe Biden em novembro.

Ao ser questionado, na noite deste quarta-feira (23/09), se assumiria publicamente esse compromisso, o republicano respondeu com um vago “vamos ver o que vai acontecer” e voltou a criticar o voto por correios.

“Eu reclamo muito sobre as cédulas porque elas são um desastre. Joguem fora as cédulas e você terá uma transição muito pacífica. Até porque não haverá uma transição de verdade, mas uma continuação. As cédulas estão fora de controle”, disse aos repórteres.

Trump vem questionando o uso do voto por correios – que ele mesmo já utilizou mais de uma vez – e chegou a pedir que seus eleitores cometessem uma fraude eleitoral e tentassem votar duas vezes. O sistema é seguro, ao contrário do que o presidente tenta fazer acreditar.

No entanto, os democratas dizem que ele só reclama do sistema porque sabe que quantos mais votarem, maior é chance de ele perder. Além disso, diversos estados estão incentivando os votos dessa forma para evitar aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

'Vamos ver o que vai acontecer', disse; presidente foi vaiado durante funeral da ex-juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg

White House

Trump não se comprometeu com uma transição pacífica de poder se perder

Porém, na manhã desta quinta-feira (24/09), o líder dos senadores republicanos, Mitch McConnell, colocou panos quentes no assunto e disse que “haverá uma transição com ordem” após a eleição.

“O vencedor das eleições de novembro tomará posse no dia 20 de janeiro, como acontece a cada quatro anos desde 1792”, acrescentou o republicano.

“Vote him out”

Nesta quinta, Trump foi vaiado enquanto participava do funeral da ex-juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg, que morreu na semana passada.

Manifestantes gritaram “vote him out” (em português, algo como “votem para ele sair de lá”, em referência à Casa Branca) e exigiram que o presidente, que estava acompanhado da primeira-dama Melania Trump, respeitasse a vontade de Ginsburg de ser substituída somente pelo mandatário que assumir em 2021.

Os republicanos, liderados por Trump, querem indicar o substituto de Ginsburg, que era identificada com progressistas, antes da eleição de 3 de novembro. A indicação pode mudar de vez o balanço ideológico dentro da Corte, dando maioria a juízes conservadores e indicados por presidentes republicanos.