Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Os candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos, Bernie Sanders e Joe Biden, participaram de um debate televisivo na noite deste domingo (15/03) e fizeram diversas críticas à resposta do governo de Donald Trump ao novo coronavírus (Sars-CoV-2).

“É inaceitável que ele fique tagarelando informações não factuais que estão prejudicando o povo”, disse Sanders. 

O senador pelo estado de Vermont ainda afirmou que Trump “está minando e enfraquecendo a posição de médicos e especialistas que estão buscando ajudar o povo americano”.


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O ex-vice-presidente Joe Biden, por sua vez, comparou o combate à pandemia do coronavírus com uma “guerra” e afirmou que “teria recorrido ao Exército de imediato, pois os militares têm a capacidade de construir hospitais de 500 leitos rapidamente”.

“Essa é uma emergência maior do nós”, disse Biden ao afirmar que a Presidência subestimou o tamanho da crise.

Os dois ainda foram questionados sobre o fato de estarem no grupo de risco da doença. Biden, 77 anos, e Sanders, 78, no entanto, reforçaram que estão tomando os cuidados necessários na higiene e que limitaram ao máximo o número de pessoas com quem tem contato direto.

O debate, inclusive, não contou com plateia e teve um reduzido número de assessores de ambas as partes. Até mesmo o cumprimento entre os dois foi feito com um toque de cotovelos.

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'É inaceitável que ele fique tagarelando informações não factuais que estão prejudicando o povo', disse Sanders

Reprodução

Biden e Sanders disputam candidatura à presidência pelo partido democrata

Sistema de saúde universal

Ainda usando o tema do coronavírus, os dois candidatos abordaram a questão da universalização ao acesso à saúde durante o debate, uma das maiores bandeiras de Sanders.

“O nosso sistema de saúde não é preparado para providenciar cuidados. Em um bom ano, sem a epidemia, nós perdemos perto de 60 mil pessoas que morrem todos os anos porque não conseguem ser atendidos por um médico à tempo”, disse Sanders.

O candidato progressista ainda criticou as corporações de medicamentos e disse que “em meio a esta epidemia, há pessoas na indústria farmacêutica pensando 'uau, esta é uma ótima oportunidade para ganhar uma fortuna'”.

Já Biden afirmou que não é preciso mudar o sistema – apensa reforçar o desenvolvimento do “Obamacare”, a reforma sanitária feita pelo ex-presidente Barack Obama. “Não precisamos de revoluções, mas de resultados”, disse.

A disputa entre os candidatos democratas é liderada até o momento por Biden, depois que o establishment do partido se uniu para apoiar sua candidatura contra Sanders. Até o momento, o ex-vice-presidente de Obama tem 892 dos 1.991 delegados necessários para a sua nomeação. Sanders tem 741.

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*Com ANSA