Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, enviou nesta segunda-feira (09/11) um memorando aos procuradores federais autorizando a busca por “alegações substanciais” de irregularidades nas eleições realizadas em 3 de novembro em todos os estados.

Segundo o jornal New York Times, o procurador pediu que “afirmações ilusórias, especulativas, fantasiosas ou artificiais” sejam ignoradas e que deve ser mantida uma postura “não partidária”. 

No entanto, a medida foi considerada incomum, já que as investigações preliminares da Procuradoria deveriam ocorrer apenas depois dos resultados nos estados serem certificados.

A decisão vem em um momento em que o atual presidente do país, Donald Trump, se recusa a aceitar a derrota nas urnas para o democrata Joe Biden. Para o mandatário, o resultado “é fraudado”, mas até o momento, não há nenhuma prova de irregularidade na votação.

O pedido de Barr levou o principal promotor do Departamento de Justiça que atua em questões eleitorais, Richard Pilger, a renunciar de suas funções, informa o NYT.

Resultado do pleito é contestado por Trump; democrata Joe Biden foi eleito e se tornou 46º presidente do país

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Procurador pediu que "afirmações ilusórias, especulativas, fantasiosas ou artificiais" sejam ignoradas

“Tendo me familiarizado com a nova política e as suas ramificações, eu preciso, lamentavelmente, renunciar ao meu cargo”, disse Pilger.

O anúncio ocorre um dia depois da campanha de Trump informar que abriu uma ação para contestar o resultado da eleição na Pensilvânia sob a acusação de que “o sistema de contagem por votos pelo correio é menos rigoroso do que os votos dados pessoalmente”. Para os assessores do republicano, isso seria um “duplo padrão” que “viola a Constituição”.

No entanto, analistas políticos apontam que, mesmo que a questão chegue à Suprema Corte que, graças a última indicação de Trump ficou majoritariamente conservadora, o atual presidente não ganhe a eleição pela via judicial.

*Com Ansa