Sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou nesta segunda-feira (24/07) que pelo menos 435 crianças morreram e cerca de 2000 ficaram feridas desde o início do conflito no Sudão em 15 de abril.

Por meio de um comunicado, o vice-diretor executivo da Unicef para ações humanitárias e operações de abastecimento, Ted Chaiban, afirmou que “a cada hora ocorrem graves violações dos direitos das crianças” no país africano.

No âmbito da sua visita a território sudanês esta semana, Chaiban assegurou ainda que “é quase incompreensível a dimensão do impacto que este conflito teve nas crianças do Sudão nos últimos 100 dias”.

O funcionário também afirmou que as crianças “veem como escolas, hospitais e infraestrutura e suprimentos vitais são danificados, destruídos ou saqueados”.

Fundo das Nações Unidas para a Infância informa que cerca de duas mil ficaram feridas desde o início do conflito em 15 de abril

Twitter/UNICEF

"Sem balas. Uma rosa para cada criança", diz desenho de criança sudanesa em sessão psicossocial da Unicef

Da mesma forma, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) assegurou que é “provável que o número real seja muito maior em um país onde quase 14 milhões de crianças precisam de ajuda humanitária”.

Devido ao confronto entre o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) e o Exército do país, a crise no Sudão já deixou cerca de 740 mil refugiados, segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Soma-se a isso o fato de que, antes do conflito, já havia quase 3,8 milhões de deslocados internos, dos quais 1,9 milhão eram crianças.

Da mesma forma, o Programa Mundial de Alimentos (PAM) destacou que “os combates agravaram ainda mais a frágil situação humanitária no Sudão, que já era um dos países da região mais afetados pela desnutrição, e a violência levou o país a ter “níveis recordes” de fome”.

(*) Com TeleSUR