Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Os Estados Unidos entraram nesta quarta-feira (03/06) no nono dia consecutivo de protestos contra o racismo e em memória de George Floyd, morto por policiais brancos em Minneapolis na semana passada. A marca é atingida ao mesmo tempo que as manifestações começam a ganhar volume pelo mundo, em locais como Londres, Estocolmo e Atenas.

Nas principais cidades norte-americanas, vige toque de recolher. Em tese, após o horário determinado, a polícia pode dispersar quem estiver na rua. Na terça (02/06), em Nova York, os policiais não conseguiram tirar os manifestantes que se encontravam na região do ginásio Barclay’s Center, no Brooklin, e seguiam rumo a Manhattan, mas não houve violência.

Em Washington, a prefeita democrata Muriel Bowser determinou nesta quarta que toda a população esteja em casa a partir das 23h (0h de quinta em Brasília). Um dos principais pontos de concentração dos manifestantes é a Casa Branca, que está cercada por grades reforçadas.

Em Minneapolis, o toque de recolher foi confirmado pelo governador democrata Tim Walz e entra em vigor às 22h locais (0h em Brasília) tanto hoje, quanto nesta quinta (04/06).

Nas principais cidades norte-americanas, como a capital Washington e Minneapolis, vige toque de recolher; foram registrados protestos em Londres, Estocolmo e Helsinque

James Mishra/FlickrCC

Mural pintado no local onde Floyd foi assassinado; protestos se espalham pelo mundo

Outros países

No centro de Londres, na Inglaterra, cerca de 15 mil britânicos estiveram presentes em um ato no Hyde Park. Eles carregaram cartazes e ecoaram palavras de ordem e o nome de Floyd. “Sem justiça, sem paz, sem polícia racista”, “não consigo respirar” e “o Reino Unido não é inocente” foram algumas das frases proferidas pela multidão.

Segundo o jornal The Guardian, os manifestantes convenceram dois policiais que acompanhavam a marcha a se ajoelharem em sinal de respeito a Floyd e outras vítimas negras. A atitude dos oficiais foi aplaudida pelos manifestantes.

Em Estocolmo, manifestantes se reuniram em Sergels Torg, no centro da cidade, para demonstrar solidariedade aos norte-americanos e repudiar a violência policial. Em Helsinque, na Finlândia, também houve um ato contra a morte de Floyd. Alguns finlandeses seguravam cartazes afirmando que “vidas negras importam” e “silêncio branco é violência”.

Já na Grécia, o protesto terminou com repressão policial. Manifestantes se reuniram em frente à Embaixada dos EUA em Atenas com cartazes que diziam “não consigo respirar”. A polícia interveio na manifestação, que foi dispersada com bombas de gás lacrimogêneo.