Mais três policiais são indiciados pelo assassinato de George Floyd nos EUA

O procurador-geral de Minnesota, Keith Ellison, indiciou nesta quarta-feira (03/06) os outros três policiais que participaram da operação que resultou na morte de George Floyd, homem negro assassinado no último dia 25 de maio em Minneapolis. A ação gerou uma série de protestos nos Estados Unidos e no mundo.

Com isso, Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao serão detidos sob acusação de ajudar e favorecer o homicídio em segundo grau. Até o momento, eles haviam sido somente demitidos e estavam em liberdade.

Além disso, Ellison decidiu ampliar a acusação contra Derek Chauvin, agente preso por matar George Floyd, aumentando a para homicídio em segundo grau – quando há intenção de matar. 

Ellison disse considerar que, embora não houvesse intenção, o policial era consciente de que sua ação poderia levar à morte de Floyd, mesmo que não tivesse essa intenção, por isso elevou a acusação a homicídio em segundo grau.

A família de Floyd celebrou a decisão em comunicado divulgado por seu advogado, Ben Crump. A medida também foi comemorada pela senadora e ex-candidata presidencial democrata Amy Klobuchar, que, apesar de não ter mais relações com a procuradoria do Estado desde que deixou o órgão para ser senadora, anunciou com antecedência a medida tomada por Elliot.

Floyd faleceu após Chauvin ficar por quase 10 minutos com o joelho pressionando seu pescoço. O secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, chamou a morte dele de “crime horrível” e argumentou que os agentes envolvidos deveriam ser “chamados a responder por esse assassinato”.

“É uma tragédia que já vimos repetir muitas vezes”, disse ele, acrescentando que “o racismo é real nos Estados Unidos e devemos fazer o possível para reconhecê-lo, enfrentá-lo e erradicá-lo”.  

(*) Com Ansa e Revista Fórum.