Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Atualizada às 18h47

Uma autópsia encomendada pela família de George Floyd divulgada nesta segunda-feira (01/06) concluiu que o norte-americano negro de 46 anos morreu por “asfixia causada por compreensão no pescoço e nas costas que provocou a falta de fluxo sanguíneo no cérebro”.

A afirmação contradiz o primeiro exame oficial, contestado pelos familiares de Floyd, no qual o médico legista afirmou que patologias anteriores subjacentes, como doença arterial e hipertensão, poderiam ter contribuído para o falecimento. De acordo com o documento, não havia evidências físicas que “sustentassem o diagnóstico de asfixia ou estrangulamento traumático”. 

Floyd morreu após ter o pescoço pressionado pelo policial branco Derek Chauvin em Minneapolis no último dia 25 de maio. O caso gerou revolta no país e deflagrou uma série de protestos contra o racismo nos Estados Unidos, com manifestações que se espalharam por outros países como Canadá, Inglaterra e Alemanha.

Novos protestos são esperados nesta segunda-feira, o que marcará o sétimo dia consecutivo de manifestações antirracistas.

Procedimento foi encomendado por familiares do norte-americano que morreu no dia 25 de maio; afirmação contradiz exame oficial que descartava 'diagnóstico de asfixia ou estrangulamento traumático'

Flickr/Fibonacci Blue

Novos protestos são esperados nesta segunda-feira (01/06)

A cidade de Nova York, inclusive, decretou toque de recolher e reforçará a presença policial na cidade, com cerca de 8 mil agentes, anunciou o governador Andrew Cuomo. 

Também nesta segunda, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, convidou todos os líderes e autoridades dos EUA a ouvir os manifestantes e mostrar moderação. 

“As reclamações devem ser atendidas, mas devem ser expressas pacificamente e as autoridades devem mostrar moderação em responder aos manifestantes”, afirmou. 

Segundo Guterres, “nos EUA, como em qualquer outro país do mundo, a diversidade é uma riqueza e não uma ameaça, mas o sucesso de empresas heterogêneas em um país exige um investimento maciço em coesão social”.

*Com ANSA