Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Assembleia Nacional do Equador rejeitou na noite desta terça-feira (17/09) a despenalização do aborto em caso de estupro, incesto e má-formação do feto.

A votação realizada no Congresso terminou com 65 votos a favor da despenalização, 59 contra e seis abstenções. Eram necessários no mínimo 70 votos para que o projeto fosse aprovado.

O aborto no Equador só é legal quando há risco para a vida ou a saúde da mãe, ou quando a gravidez é fruto do estupro de uma mulher que tenha alguma deficiência mental. As leis que regem a prática são de 1938.

Votação realizada no Congresso terminou com 65 votos a favor da despenalização, cinco a menos do que o necessário; aborto só é permitido em caso de estupro no país se mulher tiver deficiência mental

Assembleia Nacional do Equador

Deputados rejeitaram despenalizar aborto em caso de estupro

Dados oficiais mostram que mais de 20.000 meninas menores de 14 anos deram à luz no país entre 2008 e 2018.

Após a votação, deputadas lamentaram a decisão. Ximena Peña chegou a dizer que foi “a noite mais triste” que teve como legisladora. Por sua vez, a deputada Marcela Aguiñaga disse que a “luta continua”. “A luta continua pelas milhares de mulheres que foram obrigadas a dar à luz de seus agressores, pelas que faleceram na clandestinidade e pelas quais ainda não nos rendemos. Será lei, porque não é um tema de dogmas, é um tema de direitos. Contem comigo”, escreveu, no Twitter.