Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Neste sábado (15/10), às 11h, é exibido no cinema do shopping Frei Caneca, em São Paulo (Rua Frei Caneca, 569, 3º piso, Consolação), com entrada franca, o documentário argentino “Silencio Roto – 16 Nikkeis” (Silêncio Rompido – 16 Nikkeis), de Pablo Moyano.

 
O filme, de Pablo Moyano, trata da perseguição da ditadura militar a membros da pequena comunidade japonesa argentina. São 16 os casos de desaparecidos nipo-argentinos durante o regime que durou de 1976 a 1983.
 
Trailer

Silencio Roto – 16 Nikkeis from antonio cervi on Vimeo.

O Silêncio Rompido, 16 Nikkeis do título trata justamente das dificuldades que essa comunidade encontrou para compreender a violência estatal argentina, a busca por apoio – sem grande sucesso – da diplomacia japonesa e da aproximação com os familiares de outros desaparecidos no país, onde o número de vítimas fatais é contabilizado em até 30 mil pessoas.

Apesar de constituírem um pequeno grupo na sociedade argentina, famílias nipônicas contaram pelo menos 16 mortos e desaparecidos pelo regime

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Entre os casos relatados está o de Elsa Oshiro, irmã de Jorge Eduardo Oshiro, um militante trotskista – que foi sequestrado, aos 17 anos, em sua casa, por agentes da repressão na madrugada de 10 de novembro de 1976. Elsa conta que a família acreditava que nada de pior ocorreria com ele, uma vez que Jorge Eduardo sabidamente não militava em nenhuma organização armada. Nos próximos dias, Opera Mundi publicará um entrevista com Elsa.

Reprodução/Facebook

Documentário também trata das dificuldades encontradas pela comunidade japonesa na busca por seus desaparecidos

 
Elsa, que participará da sessão de hoje, é também autora de um livro que reúne informações sobre os 16 desaparecidos, que foi traduzido e está sendo divulgado no Brasil com apoio da comunidade japonesa brasileira. Participam da mesa que ocorre após a exibição do filme, além de Elsa Oshiro (representante do Grupo dos Familiares de Desaparecidos Nipo-Argentinos), Alejandro Asciutto (sociólogo e editor da revista La Roca), Adriano Diogo (membro da Comissão Municipal da Verdade) e Maurício Politi (Memorial da Resistência).