Contra os massacres israelenses, organizações palestinas convocam série de protestos

Milhares de palestinos se manifestaram nesta sexta-feira (24/02) em diferentes cidades da Cisjordânia ocupada e de Gaza, em protesto contra os ataques realizados pelo exército israelense em Nablus, na quarta-feira (22/02), que resultou em 11 palestinos mortos e dezenas que terminaram feridos.

As manifestações aconteceram nas cidades de Hebron, Ramallah, Beita [ao sul de Nablus], Beit Dajan [nas proximidades da região de Zawiya] e Kafr Qaddum [região de Qalqilya].

Os manifestantes entoaram slogans condenando os crimes da ocupação. Em Hebron, também houve um momento de oração pelas vítimas do massacre.

No entanto, todos esses atos terminaram enfrentando um forte aparato repressivo por parte das forças de ocupação de Israel, o que atacou os manifestantes com balas de metal revestidas de borracha, golpes de bastão e gás lacrimogêneo, o que produziu mais dezenas de pessoas feridas ou afetadas pelos gases.

Em Ramallah, um cidadão foi internado em estado grave após ser atingido por uma das balas de metal revestidas com borracha, durante uma manifestação que também criticava os assentamentos construídos em Ramoun, nas proximidades dessa cidade.

Um informe da organização Meia Lula Vermelha, que presta socorro a palestinos vítimas da violência do Estado de Israel, afirma que 30 cidadãos tiveram que ser internados em Beit Dajan após serem asfixiados pelo gás lacrimogêneo disparado pelas forças de ocupação.

#PalestineRCS resposne update on the recent escalation the link below: https://t.co/BgWN1XQTP8

— PRCS (@PalestineRCS) February 24, 2023

De acordo com o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP), desde o início de 2023, as forças israelenses e colonos armados mataram 65 palestinos, incluindo 13 crianças, quatro idosos e uma pessoa que se encontrava detida pela polícia e morreu na prisão.