Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Após vencer partida histórica contra a Espanha na tarde desta terça-feira (06/12), garantindo uma vaga nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022, Marrocos comemorou a vitória levantando uma bandeira palestina. 

Ao final da partida, que foi concluída com a decisão de 3X0 nos pênaltis após ambas as seleções empatarem em 0X0 durante 120 minutos de jogo, os jogadores e equipe técnica da seleção marroquina de futebol se juntaram para uma foto comemorativa da conquista, segurando uma bandeira da Palestina.

Anteriormente, após o jogo Marrocos e Canadá, em 1 de dezembro, o jogador da defesa marroquina Jawad El Yamiq já havia levantado a bandeira palestina como forma de apoio ao território após o país africano conquistar a vaga nas oitavas de finais da Copa do Catar. 

A 22º Copa do Mundo da Fifa tem sido marcada por manifestações políticas e protestos contra falta de direitos humanos no país sede do evento. Em outras ocasiões também foi possível ver apoio à Palestina em meio a torcedores. 

Única seleção africana a se classificar para  as quartas de final na Copa do Catar já havia manifestado apoio ao reconhecimento da Palestina como nação

Twitter/Amro Ali

Jogadores e equipe técnica da seleção marroquina se juntaram para foto comemorativa da conquista, segurando uma bandeira da Palestina

Em 30 de novembro, após o jogo entre Tunísia e França, um homem enrolado na bandeira palestina invadiu o campo do estádio. Além disso, diversos torcedores nas arquibancadas também foram vistos apoiando o reconhecimento da Palestina como nação com o uso da bandeira e escritos de “Free Palestine”, em tradução, “libertem a Palestina”.

Fora dos estádios, o apoio à Palestina também reverbera. Segundo o jornal Middle East Eye, torcedores marroquinos dedicaram uma música ao povo palestino após vencer a primeira partida na Copa do Mundo de 2022, contra a Bélgica, dia 27 de novembro. “Para nossa amada Palestina, o mais bonito de todos os países”, cantavam os torcedores. 

 Segundo o jornal Al Jazeera, em 2022, as forças armadas israelenses mataram 2010 palestinos, sendo 47 crianças. O assassinato da repórter Shireen Abu Akleh, que atuava pelo veículo na região da Palestina ocupada, em maio deste ano, também entra nessas execuções.

Apesar das contradições do país que sedia a Copa de 2022, Doha rompeu relações diplomáticas com Israel em 2009, durante o massacre a Gaza.