Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, decidiu abrir as negociações de adesão da Ucrânia ao bloco nesta quinta-feira (14/12), em uma cúpula de dois dias promovida pelos líderes da União Europeia. 

Durante o encontro, nenhum Estado-membro do grupo apresentou objeções com relação à decisão, de acordo com fontes europeias. 

“Esta é uma vitória para a Ucrânia. Uma vitória para toda a Europa. Uma vitória que motiva, inspira e reforça”, celebrou o presidente ucraniano, [Volodymyr] Zelensky, em sua rede social, uma vez que o apoio ocidental permite a doação de mais recursos ao seu país, principalmente neste momento em que a Ucrânia passa por um aperto financeiro e uma série de derrotas diplomáticas.

Nesta terça-feira (12/12), Zelensky chegou a visitar Washington pela terceira vez desde o início da guerra contra a Rússia, com o objetivo de fazer um apelo ao Congresso norte-americano e à Casa Branca, pedindo o desbloqueio de um pacote bilionário contra os “inimigos” russos. Suas palavras, no entanto, não foram atendidas.

Com ‘abandono’ internacional e aperto financeiro, Zelensky comemorou aprovação da cúpula e possível apoio para a guerra contra a Rússia; ‘estamos destruindo a União Europeia’, criticou o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán

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Zelensky comemora decisão do Conselho Europeu, que abriu negociações de adesão da Ucrânia ao bloco

Na reunião de líderes, o presidente do Conselho também confirmou abertura de negociações com a Moldávia, além de conceder o “status” de país candidato à Geórgia.

“A União Europeia abrirá as negociações com a Bósnia-Herzegovina quando for alcançado o grau necessário de conformidade aos critérios de adesão”, acrescentou Michel.

Ainda nesta quinta-feira (14/12), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou em sua rede social que o dia “entrará na história” do bloco europeu:

“Uma decisão estratégica e um dia que ficará impresso na história da nossa União. Orgulhosos por manter nossas promessas e felizes por nossos parceiros”, escreveu.

Josep Borrell, o alto representante da União Europeia para Política Externa, também aprovou: “Hoje cumprimos um passo histórico para uma família europeia mais forte. A decisão é uma prova do empenho e da dedicação dos nossos parceiros aos nossos valores comuns e às reformas da UE. É um passo significativo para uma Europa unida, próspera e estável”.

‘Estamos destruindo a União Europeia’

Por outro lado, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, ficou ausente da sala do Conselho Europeu durante a votação.

“A União Europeia está prestes a cometer um erro terrível e precisa ser detida, mesmo que todos os 26 queiram fazê-lo e nós sejamos os únicos contra”, declarou o líder por meio de publicações divulgadas pelo seu gabinete no mesmo dia. “Isto é um erro, estamos destruindo a União Europeia”.

O político teria notificado sua ausência a Charles Michel e não delegou nenhum outro líder para representá-lo, sendo considerado um “não votante” na reunião.