Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Rússia rejeitou nesta quarta-feira (07/06) as acusações de um suposto envolvimento de hackers russos na crise diplomática no golfo Pérsico, que fez com que diversos países da região rompessem relações com o Catar.

“Estamos cansados de reagir a banalidades gratuitas. Tais acusações, de fato, desqualificam a si mesmas”, disse Andrei Krustskij, representante russo para cooperação no âmbito da segurança da informação, à agência Interfax.

Krustskij acrescentou que, da mesma forma que em outras ocasiões, “não foram apresentadas provas” e “as conclusões foram tiradas inclusive antes do início de uma investigação do incidente”. “Aconteça o que acontecer, atribuem aos hackers. É um velho truque”, disse.

Reportagem da CNN disse que Washington investiga se publicação de declarações supostamente falsas de sheik catariano tenham sido feitas por russos

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Wikimedia Commons

Sheik do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, durante encontro com presidente dos EUA, Donald Trump

Por sua vez, representantes da embaixada russa no Catar afirmaram que Doha não fez nenhuma solicitação oficial às autoridades russas por esse suposto vínculo dos hackers russos. “As autoridades catarianos não apresentaram solicitações oficiais a respeito perante a embaixada da Rússia”, afirmaram à agência RIA Novosti.

A emissora CNN, citando fontes oficiais, afirmou que Washington investiga a ligação de hackers russos com a invasão de uma agência de imprensa catariana e a publicação de declarações falsas que podem ter reavivado as tensões no Golfo.

Nesta declaração, que teria sido forjada, o emir do Catar, o sheik Tamim bin Hamad Al Thani, fez comentários a respeito de vários temas sensíveis, entre eles as relações com o Irã, que qualificava como um aliado estratégico e realizava comentários negativos sobre as relações entre o governo de Donald Trump e Doha. As declarações faziam parte da justificativa da Arábia Saudita para o rompimento das relações.

(*) Com Efe