Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A chegada de Lula traz novas expectativas a respeito de ações de combate à crise climática. No governo anterior, o Brasil aumentou 9,5% de emissões de gases estufa, sobretudo por conta do descontrole no desmatamento, efeito direto da política destrutiva do governo Jair Bolsonaro.

Em pronunciamento à imprensa nesta quinta-feira (30/11), Lula disse que “vamos para a COP, para discutir a preservação da floresta amazônica e ver se os países ricos estão dispostos efetivamente a fazer os investimentos para os países que têm floresta, mantendo as florestas em pé”.

O presidente parece que seguirá nesta edição o mesmo tom a respeito da justiça climática da COP 27. Existem expectativas políticas em como será o posicionamento brasileiro desta vez no tabuleiro geopolítico, o presidente menciona que quer ver uma atitude por parte dos países europeus, resta agora saber se o Brasil está disposto a apontar um caminho para soluções de uma crise que há muito tempo chegou em nosso país.

A 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), em Dubai,  deverá fazer um balanço da implementação do Acordo de Paris – estabelecido na COP21, em 2015.

Nesta quinta-feira (30/11) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desembarca nos Emirados Árabes Unidos para participar da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), em Dubai

Ricardo Stuckert/Agência Brasil

Delegação brasileira do governo Lula em um dos países em agenda de visitas ao Oriente Médio antes da COP28 em Dubai

O governo brasileiro deverá endossar o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, além de cobrar recursos para reparação e para uma transição justa para os países em desenvolvimento.

O Brasil é 5º maior emissor de gases do planeta, a proposta de transição energética e desmatamento zero são ousadas, como é necessário ser diante do alarmante momento e ´é possível que o Brasil seja vanguarda internacional em justiça climática.

Um editorial do Observer proclama que a COP27 representou uma de nossas últimas chances de evitar uma catástrofe global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) insistiu que era a “nossa última chance de alcançar um futuro saudável para a humanidade”. Gordon Brown disse o mesmo sobre a COP15 em 2009.

O cenário não mudou com a COP28, a previsão se agravou e o relógio da meia-noite está prestes a chegar.