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Diplomacia

China e Rússia reforçam acordos para enfrentar pressão política e militar dos EUA

Presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping conversaram sobre a cooperação entre os países e a defesa de uma globalização econômica inclusiva

Redação Opera Mundi São Paulo 8 de fevereiro de 2024, às 16:10
Na conversa, Xi afirmou ao seu homólogo russo que os dois países deveriam buscar uma estreita coordenação estratégica a fim de defender a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento de seus respectivos países, informou a agência Xinhua.

Xi também afirmou que ambos os lados precisam se opor resolutamente à interferência de forças externas nos assuntos internos dos países, ao mesmo tempo que devem cultivar novas dinâmicas de cooperação para manter a estabilidade das cadeias industrial e de abastecimento.

Sobre a interferência em assuntos internos, o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, disse que os presidentes comentaram a contenção de Pequim e Moscou por parte dos Estados Unidos.

Ao discutir a situação na região da Ásia-Pacífico, o presidente russo reafirmou a sua posição de princípio sobre a questão de Taiwan, que consiste em apoiar a política de Uma Só China, afirmou a leitura do Kremlin, acrescentando que as questões “da Ucrânia e da Faixa de Gaza foram abordadas brevemente”.

Presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping conversaram sobre a cooperação entre os países e a defesa de uma globalização econômica inclusiva

Sputnik / Sergei Guneev

Os líderes também expressaram disposição para promover projetos energéticos conjuntos, apesar das sanções, relatou o assessor.

Os líderes também expressaram disposição para promover projetos energéticos conjuntos, apesar das sanções, relatou o assessor.
“Foi discutido o progresso da implementação de grandes projetos conjuntos russo-chineses no setor energético […] [os líderes] confirmaram a disponibilidade para novos trabalhos para promovê-los, apesar das tentativas dos países ocidentais de exercer pressão impondo sanções unilaterais ilegítimas.”

Putin disse a Xi que “a cooperação russo-chinesa, em todas as esferas, alcançou resultados frutíferos no ano passado”, observando que o comércio bilateral excedeu o alvo de US$ 200 bilhões (R$ 995 bilhões) antes do esperado e atingiu um recorde de US$ 227,7 bilhões (R$ 1,13 trilhão).

“Naturalmente, as questões de cooperação financeira também foram abordadas. Afirmou-se que mais de 90% dos acordos entre os nossos países já são realizados em rublos e yuans. Foi enfatizado que, para um maior desenvolvimento progressivo dos laços comerciais e de investimento, é importante continuar o trabalho conjunto para construir uma infraestrutura financeira que garanta pagamentos confiáveis”, afirmou o Kremlin.

Por fim, Xi disse estar ciente de que a campanha eleitoral está em andamento na Rússia, e desejou uma “realização bem-sucedida das próximas eleições em março”. A ligação entre os líderes aconteceu antes do Ano Novo chinês, com Putin felicitando Xi pela chegada do novo ano.

A China já foi criticada criticada no Ocidente pela postura com a Rússia e o país já foi acusado de fornecer uma tábua de salvação econômica e política a Putin.

Contudo, a China tem sido cuidadosa, no início da guerra russo-ucraniana não condenou a Rússia, mas ao mesmo tempo não tomou quaisquer medidas políticas, militares ou econômicas que pudessem indicar envolvimento direto no conflito.

(*) Com Sputnik Brasil

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