Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, utilizou seu Twitter nesta quinta-feira (17/09) para responder o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, que escreveu sobre o relatório da ONU que apontaria supostas violações de direitos humanos por parte do governo de Nicolás Maduro.

Arreza rebateu Araújo questionando quantos brasileiros morreram em decorrência da covid-19 “graças à irresponsabilidade” de Jair Bolsonaro. O venezuelano ainda afirmou que esse cenário é um “genocídio”, sendo “realmente um crime contra a humanidade”.

“Senhor Ernesto Araújo: quantas centenas de milhares de brasileiros morreram ou sofreram dor por conta da covid-19 graças à irresponsabilidade do seu presidente? Isso é realmente um crime contra a humanidade: genocídio. Falo com fatos, não com relatos falsos, tendenciosos e ideológicos”, disse. 

Araújo aproveitou a emissão de uma nota do Itamaraty sobre o relatório da Missão Internacional Independente da Organização das Nações Unidas (ONU) para atacar o governo venezuelano. 

'Senhor Ernesto Araújo: quantas centenas de brasileiros morreram por conta da covid-19 graças à irresponsabilidade do seu presidente?', afirmou Arreaza

Itamaraty

Arreaza rebateu chanceler Araújo (foto): ‘falo com fatos, não ideologias’

O documento da missão afirmou que o governo do presidente venezuelano teria sido o responsável por múltiplas violações dos direitos humanos, que configuram crimes contra a humanidade.

O chanceler venezuelano rechaçou as acusações em publicação nas redes sociais, afirmando que o relatório ilustra a prática de explorar a retórica dos direitos humanos para fins políticos, em vez de defender os direitos humanos.

“Um informe cheio de mentiras, elaborado à distância, sem rigor metodológico algum, por uma missão fantasma dirigida contra a Venezuela e controlada por governos subordinados a Washington, ilustra a prática perversa de fazer política com os Direitos Humanos e não uma política de Direitos Humanos”, escreveu.

O Brasil, junto com os Estados Unidos e outros países, reconheceu Guaidó como o líder legítimo da Venezuela e acusou Maduro de permanecer no poder de forma ilegal. Maduro, por sua vez, acusa os EUA e Guaidó de tentarem derrubar seu governo para ter acesso aos recursos naturais do país. A Venezuela tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo.

(*) Com Sputnik