Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A ONU (Organização das Nações Unidas) deve ser analisada por uma perspectiva complexa. Interesses contraditórios coexistem entre países, interferindo diretamente em como a entidade faz a mediação de conflitos. Portanto, análises entusiastas ou pessimistas não conseguem compreender as múltiplas áreas de intervenção da ONU, que tem impacto direto em vários setores ao redor do planeta.

Esta é análise de Gilberto Rodrigues, pós-doutor pela Universidade de Notre Dame (EUA) e professor da UFABC, ao discutir Para que serve a ONU, na Aula Pública Opera Mundi.

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Para o especialista, organismos multilaterais servem para trabalhar com questões que ultrapassam fronteiras e os Estados não conseguem resolver. Portanto, o contexto de criação e os atores envolvidos nas negociações cumprem papel fundamental na abrangência de atuação das Nações Unidas.

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Na Aula Pública, Gilberto Rodrigues explica desdobramentos da atuação da ONU para a geopolítica mundial

“No artigo primeiro de princípios, a ONU explica qual é sua função primordial: manter a paz e a segurança internacional, questões essenciais no contexto de sua criação, ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Ou seja, o objetivo central foi evitar uma nova guerra mundial. O segundo princípio é estabelecer relações de amizade e cooperação entre os Estados Membros, atualmente 193 países”, explica Gilberto Rodrigues.

Professor de Relações Internacionais explica os desafios do multilateralismo no mundo contemporâneo

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Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Gilberto Rodrigues: Pra que serve a ONU?

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No segundo bloco, Gilberto Rodrigues responde perguntas do público da UFABC, em São Bernardo do Campo

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Rodrigues explica a dificuldade em estabelecer consensos frente à pluralidade de interesses e atores políticos na ONU. Mesmo questões humanitárias, como a recente emergência de refugiados, enfrentam resistências para um pacto global.

“A ONU, na sua própria perspectiva, serve para ser uma mediadora entre os países. Então, um dos desafios é garantir a igualdade para que países menores e mais frágeis não fiquem em um segundo plano em relação aos demais, lidando com realismo de que nem todos os Estados são iguais. Eles têm desigualdades culturais, econômicas e territorias, e a ONU tenta compensar essa desigualdade com seus vários órgãos”, reitera.

Aula Pública Opera Mundi:
Coordenação: Haroldo Sereza
Produção: Dodô Calixto
Edição de vídeo: Daniela Stéfano