Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Arábia Saudita chamou de volta seu embaixador no Canadá,
expulsou o representante diplomático canadense de seu território e congelou
todos os novos investimentos e intercâmbios comerciais com o país devido ao que
chamou de “interferências” nos assuntos internos por parte de Ottawa.
O anúncio foi feito no último domingo (05/08).

A decisão foi motivada pela declaração do Ministério das
Relações Exteriores canadense que, por meio de seu perfil no Twitter na última
sexta-feira (03/08), disse estar “extremamente preocupado com as prisões
de muitos ativistas dos direitos humanos, entre eles, Samar Badawi [defensora
de direitos das mulheres]”, além de ter pedido a libertação de militantes.

De acordo com a ONG Human Rights Watch, Badawi foi presa na
última quarta-feira (01/08) como parte de “ações inéditas do governo
saudita para desmantelar movimentos que lutam pelos direitos das mulheres, que
resultaram nas prisões de dezenas de ativistas”.

Riad congelou relações devido ao que chamou de "interferências" nos assuntos internos por parte de Ottawa

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O Ministério das Relações Exteriores saudita definiu a postura canadense como “um ataque” ao país e destacou que “não aceitará nenhuma forma de interferência” em seus assuntos internos.

O Parlamento árabe, órgão o instituído pela Liga Árabe, alinhou-se à Arábia Saudita na ruptura política com o Canadá. O presidente da instituição, Mishaal bin Fahmi Al Salami, criticou o Canadá, classificando como “negativas e irresponsáveis” as declarações das autoridades canadenses. O Bahrein também expressou apoio à Arábia Saudita e lamentou a postura do Canadá.

Na Arábia Saudita, as mulheres ganharam recentemente o direito de dirigir, mas ainda precisam da permissão masculina para executar atividades básicas, como estudar.