Sábado, 6 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, vem modificando a retórica em relação a líderes ou países que atacou durante sua campanha. Exemplo disso é o agradecimento que fez ao mandatário da China, Xi Jinping, por uma carta de felicitações após a eleição. 

O economista de extrema direita usou das redes sociais nesta quarta-feira (22/11) para responder a carta do governo chinês, a quem fez críticas durante a corrida eleitoral. 

“Agradeço ao presidente Xi Jinping as felicitações e votos de felicidades que me enviou através da sua carta. Envio-lhe os meus mais sinceros votos de bem-estar ao povo da China”, afirmou o recém-eleito presidente.

Durante sua campanha, Milei foi duro em declarações sobre Pequim dizendo que não continuaria a parceria comercial da Argentina com os chineses, referindo-se a Xi Jinping como um “assassino” com quem não se faz comércio. 

Presidente eleito da Argentina atacou Pequim durante sua campanha eleitoral e prometeu cortar relações, chamando de volta embaixador no país asiático

Meio Independente/Twitter

Durante sua campanha, Milei foi duro em declarações sobre Pequim

Em uma entrevista no início de novembro, Milei atacou novamente o país, além da Rússia e Coreia do Norte, afirmando que condena tais países tal qual condena as “organizações terroristas Hamas e Hezbollah”. 

Na conversa, o então presidenciável prometeu chamar de volta os embaixadores argentinos das nações mencionadas.

Por sua vez, nesta semana, Pequim pediu ao futuro presidente que reconsidere seu posicionamento e afirmou que seria um “grave erro cortar as relações com Brasil e China”.

Sobre o Brasil, Milei também mudou um pouco sua retórica. Apesar de ter chamado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “ladrão” e “corrupto” e ter convidado o ex-presidente, Jair Bolsonaro, para sua posse, o economista disse, também na quarta-feira, que “se Lula quiser ir à posse será bem-vindo. Ele é o presidente do Brasil”.

(*) Com Sputniknews