Sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

As curadoras de arte Sandra Benites e Clarissa Diniz encerram nesta quarta-feira (09/11) a campanha de arrecadação do livro Retomadas: o debate, que conta detalhes da decisão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) em vetar fotos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 

Segundo Benites e Diniz, a mobilização começou após o MASP vetar, além de imagens, documentos históricos do MST que integrariam a exposição Histórias Brasileiras no Bicentenário da Independência do país. Os arquivos foram disponibilizados por André Vilaron, do acervo João Zinclar e de Edgar Kanaykõ, do Núcleo Retomadas.

Apesar da anulação do veto pelo MASP e a realização da exposição, que ficou em cartaz até final de outubro, as curadoras decidiram publicar o ocorrido para apontar o “episódio emblemático da história das artes brasileiras”. 

O livro será publicado pela editora Expressão Popular, vinculada ao MST.

Fotos e documentos históricos do MST foram inicialmente vetados da exposição Histórias Brasileiras; campanha de doação encerra nesta quarta

Gui Frodu

Livro que detalha o episódio do veto será publicado pela editora Expressão Popular

Segundo Diniz, o episódio do veto evidencia que a “institucionalidade da arte é violência”. “Temos a atribuição de sentido do que a arte pode fazer, arte como território, arte enquanto alianças de sentidos coletivos, sociais. [Por isso] recuar era não perpetuar essa violência”, disse. 

Já Benites afirma que foi necessário “coragem” da curadoria para levar adiante o projeto após o veto.

Com a intenção de publicar o livro, a curadoria do Retomadas: o debate abriu uma campanha de arrecadação que se encerra nesta quarta. Para contribuir, acesse o link.