Segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
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A Defensoria Pública do Equador confirmou nesta quinta-feira (10/10) a morte de cinco pessoas durantes os protestos que ocorrem no país há uma semana contra o pacote de medidas econômicas anunciado pelo presidente Lenín Moreno. 

“A Defensoria Pública, frente ao sensível falecimento de Inocencio Tucumbi, dirigente da Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) de Cotopaxi, e de mais quatro pessoas no país, expressa aos familiares a sua solidariedade por uma perda irreparável”, afirmou o órgão em nota. A instituição ainda fez um pedido ao governo para que se “erradique a violência” e que seja garantido o “direito de manifestações sociais de forma pacífica”.

Movimentos sociais falam que o número, na verdade, pode já ter chegado a sete.

Nesta quinta-feira, o defensor público, Freddy Carrión Intriago, foi até a Casa da Cultura em Quito, local onde os manifestantes do movimento indígena se reuniram nesta manhã. Segundo a Defensoria, a presença de Intriago junto ao movimento simbolizou o apoio às vítimas da repressão contra os protestos.

Casa da Cultura, em Quito, capital do Equador, foi ocupada pela organização para que fosse levado os corpos dos cinco membros que morreram nos protestos

Conaie/Reprodução

Manifestantes fizeram um minuto de silêncio pelos cinco mortos

Ainda nesta quinta-feira, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio pelos “companheiros que morreram” e pediram  “que sua força e sua convicção na luta pela defesa dos direitos dos mais pobres siga iluminando este caminho de insurreição popular frente um governo opressor”.

Marcha e protestos

Na quarta-feira (09/10), movimentos indígenas, povos originários do país e grupos civis realizaram uma marcha em direção ao centro histórico de Quito contra o governo de Moreno. Ainda na quarta-feira, houve uma greve nacional contra o pacote econômico.

Na semana passada, Moreno anunciou um conjunto de medidas econômicas após exigências do FMI. Entre os anúncios, está o aumento dos combustíveis em mais de 100%. O presidente reiterou que não revogará tal conjunto de medidas econômicas, que provocaram protestos no país.