Quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

A Venezuela registrou os primeiros casos de infecção com a variante brasileira do novo coronavírus. A informação foi divulgada pelo presidente do país, Nicolás Maduro, em comunicado transmitido em rede nacional na noite desta quarta-feira (03/03).

Segundo Maduro, a variante brasileira da covid-19 foi detectada em três estados do país – Miranda, Bolívar e Caracas.

Ainda segundo o informe do mandatário, são 10 casos confirmados até o momento, sendo que dois estão em Caracas, dois em Miranda e outros seis em Bolívar.

“Não quero criar alarmismo, mas devemos estar bem informados e redobrar as medidas de prevenção nos espaços públicos e privados”, disse Maduro.

O presidente destacou que a variante brasileira “é mais contagiosa, transmite mais carga viral e é mais grave”, afirmando que o governo já tomou providências para cortar a cadeia de transmissão.

“Temos que enfrentar essa nova situação com o método [de quarentena] 7+7, com as brigadas médicas, os tratamentos e a hospitalização. Estamos obrigados a tomar medidas especiais para cortar a cadeia de transmissão dessa variante”, disse.

São dez casos confirmados até o momento em três estados do país; 'devemos estar bem informados e redobrar as medidas de prevenção', disse Maduro

Prensa Presidencial

‘Devemos estar bem informados e redobrar as medidas de prevenção’, disse Maduro

O primeiro caso, informou Maduro, foi detectado há 15 dias em um trabalhador do Aeroporto Internacional de Maiquetía.

A ministra de Ciência e Tecnologia, Gabriela Jiménez, disse que já acionou o Instituto Nacional de Higiene (INH) e o Instituto Venezuelano de Investigações Científicas (Ivic) para colher testes aleatórios em todo o país e começar a trabalhar no sequenciamento da variante brasileira.

Maduro disse que planeja junto com o Ministério da Saúde uma abordagem especial para tratar de casos da variante brasileira do vírus. “Propus priorizar a vacinação em locais onde a variante for detectada”, disse o mandatário.

Segundo um estudo preliminar realizado pelo Imperial College London em conjunto com pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de São Paulo (USP), a variante brasileira do novo coronavírus, chamada de P1, tem entre 25% e 61% de chance de reinfectar quem já havia sido contaminado com o vírus. Além disso, a nova cepa pode ser até 2,2 vezes mais transmissível do que outras variantes.