Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (05/05) o fim do estado de emergência sanitária internacional devido à covid-19, seu mais alto nível de alerta e que estava em vigor há mais de três anos.

Comunicado foi feito após a décima quinta reunião do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional na última quinta-feira (04/05). 

Durante a sessão, membros do Comitê destacaram a tendência decrescente de mortes por coronavírus, assim como o declínio nas hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva.

“O comitê técnico se reuniu ontem pela 15ª vez e recomendou que eu declarasse o fim da emergência de saúde pública de interesse internacional, e eu aceitei o conselho”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O estado de emergência global havia sido declarado em 30 de janeiro de 2020, quando a disseminação do coronavírus Sars-CoV-2 ainda era incipiente, com casos confirmados em menos de 20 países.

Desde então, a covid-19 se espalhou pelo mundo todo, tendo provocado cerca de 7 milhões de mortes em três anos, de acordo com números oficiais.

A OMS, no entanto, estima que a cifra real de vítimas possa chegar a pelo menos 20 milhões, devido à imensa subnotificação que marcou os três anos de pandemia até agora.

Doença deixa de ser considerada risco mundial de saúde após três anos; OMS acredita que número real de vítimas tenha sido afetado por subnotificação

Dickson Phua/Flickr

Estado de emergência global havia sido declarado em 30 de janeiro de 2020

“Esse é o momento de celebrar, mas também para refletir. Agora temos instrumentos e tecnologias para nos preparar melhor para pandemias e reconhecê-las mais rapidamente, porém uma falta de coordenação global poderia tornar tais mecanismos ineficazes”, alertou Tedros.

E o o diretor-geral da OMS acrescentou: “Perdemos vidas que não devíamos ter perdido e prometemos a nossos filhos e netos que não cometeremos mais os mesmos erros”.

Ainda de acordo com Tedros, o coronavírus foi “muito mais que uma crise sanitária” e jogou “milhões de pessoas na pobreza”.

“Ela causou grande agitação social, com fronteiras bloqueadas, restrições de movimentação, escolas fechadas e milhões de pessoas experimentando solidão, isolamento, ansiedade e depressão”, apontou.

Tedros ainda alertou que o coronavírus continua sendo uma “ameaça de saúde global” e, na semana passada, “ceifou uma vida a cada três minutos”. “Enquanto falamos, milhares de pessoas em todo o mundo estão lutando por suas vidas em unidades de terapia intensiva, e outros milhões continuam a viver com os efeitos debilitantes do pós-covid”, afirmou. 

(*) Com Ansa.