Quinta-feira, 18 de dezembro de 2025
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O governo da Itália se tornou nesta quinta-feira (04/03) o primeiro país da União Europeia a introduzir novas regras para bloquear a exportação de vacinas contra a covid-19 para nações fora do bloco, em um caso que envolve o envio de cerca de 250 mil imunizantes da AstraZeneca/Universidade de Oxford para a Austrália.

A decisão já foi notificada, inclusive, para a Comissão Europeia sob a justificativa de que a farmacêutica não está cumprindo o contrato de entregas das doses contratadas tanto no prazo como na quantidade. 

O pedido italiano é para que esse lote seja distribuído entre os países-membros da UE.


Mapa da vacinação no mundo: quantas pessoas já foram imunizadas contra covid-19?


A notícia não foi confirmada de maneira oficial nem por Roma ou Bruxelas. Segundo fontes de Bruxelas, a medida adotada pelo governo do premiê Mario Draghi tem como base as novas regras aprovadas pelo bloco europeu sobre o envio de vacina contra a covid-19 para países terceiros.

Cerca de 250 mil imunizantes da AstraZeneca para a Austrália podem ser bloqueados; decisão é por conta de atrasos da farmacêutica

Marco Verch/Flickr

UE aprova novas diretrizes sobre a exportação de vacinas para priorizar entregas no bloco

O jornal La Repubblica destaca que o assunto foi debatido nesta quinta-feira durante uma reunião entre o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, e o ministro de Desenvolvimento Econômico da Itália, Giancarlo Giorgietti. 

Além disso, na noite desta quarta-feira (03/03), Draghi conversou por vídeo com a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, sobre a produção de vacinas.

Todos os países da União Europeia vêm sofrendo com os constantes atrasos e alterações no cronograma de entregas das vacinas contratadas. Além dos problemas com a AstraZeneca, também foram registrados contratempos com os imunizantes da Pfizer/BioNTech e com a Moderna.

A vacinação no bloco é considerada muito lenta e, por conta disso, a UE aprovou as novas diretrizes sobre a exportação de vacinas para priorizar as entregas nos Estados-membros.